Fabricante de celulares foi incluída em lista de supostas “companhias militares”, que teriam ligações com o governo da China. Smartphone da chinesa Xiaomi exibido em Hong Kong.
Bobby Yip/Reuters
A fabricante de celulares Xiaomi deve ser retirada temporariamente de uma lista de supostas “companhias militares”, que teriam ligações com o governo da China, decidiu um juiz federal dos Estados Unidos na última sexta-feira (12). Com isso, estão suspensas as restrições de investimentos americanos.
Apenas seis dias antes do fim de seu mandato, o ex-presidente dos EUA Donald Trump proibiu que pessoas e organizações americanas mantivessem ações da Xiaomi e de mais 8 empresas chinesas e ordenou a venda de participações até novembro de 2021.
Os departamentos da Defesa e do Tesouro, que incluíram Xiaomi na lista mencionada, “não comprovaram que os interesses de segurança nacional estavam envolvidos”, disse o juiz Rudolph Contreras em uma decisão obtida pela AFP.
A decisão do juiz tem caráter liminar, mas a companhia afirmou em um comunicado que buscará a remoção permanente da proibição de investimento.
Em seu recurso apresentado em janeiro contra sua inclusão nessa lista, a fabricante de celulares afirmou que a decisão foi “incorreta” e que “a empresa foi privada do devido processo”.
A Xiaomi é uma das maiores fabricantes de celulares do mundo, segundo um levantamento da consultoria IDC – a marca é a 3ª em participação de mercado global, atrás da Samsung e Huawei.
No ano passado, a Justiça dos EUA suspendeu temporariamente a proibição de downloads do aplicativo TikTok e WeChat.
Por outro lado, companhias chinesas como as fornecedoras de equipamentos de telecomunicações Huawei e ZTE estão restritas por serem consideradas ameaças para a segurança nacional.
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