Donald Trump criticou o plano e pede um aumento do valor dos cheques de auxílio às pessoas mais necessitadas. Wall Street: mercado se questionou sobre o futuro do plano de ajuda à economia americana.
Lucas Jackson/Reuters
A bolsa de Nova York fechou próxima do equilíbrio nesta quarta-feira (23), em um mercado que se questionou sobre o futuro do plano de ajuda à economia americana, aprovado no começo da semana pelo Congresso, mas rejeitado na terça pelo presidente Donald Trump.
O índice principal, o Dow Jones Industrial Average, avançou 0,38%, a 30.129,83 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,07%, a 3.690,01 pontos. O Nasdaq, de forte componente tecnológico, recuou 0,29%, a 12.771,11 pontos.
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O presidente em fim de mandato, Donald Trump, rejeitou na noite de terça-feira o plano de US$ 900 bilhões, aprovado na véspera pelos legisladores democratas e republicanos, após meses de bloqueio, qualificando-o de “vergonha” e pedindo um aumento do valor dos cheques de auxílio às pessoas mais necessitadas.
Além disso, o magnata republicano vetou nesta quarta o orçamento da defesa do país e poderá fazer o mesmo com o pacote de estímulo. As duas câmaras do Congresso têm, no entanto, a possibilidade de anular o veto presidencial, votando de novo o texto com maioria qualificada.
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Art Hogan, da National Holdings, avaliou que “os investidores acreditam que haverá um plano de apoio e não veem a manobra de Trump da noite anterior como uma tentativa de acabar com o projeto de lei”.
“Depois de quatro anos de experiência, os investidores se acostumaram a observar o que (o presidente) faz e não o que diz”, afirmou Hogan.
Se o texto for modificado como quer Trump, este seria ainda mais apreciado pelo mercado, pois daria uma ajuda mais ampla aos americanos afetados pela pandemia, acrescentou o analista.
Entre os valores do dia, a Pfizer registrou alta de 1,91%. Os Estados Unidos compraram 100 milhões de doses suplementares da vacina contra a covid-19, desenvolvida pelo laboratório americano, em colaboração com a alemã BioNTech (-0,50%), para entrega até julho, anunciou o Pentágono nesta quarta-feira.
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