VAREJO COBRA INDÚSTRIAS POR AUMENTOS DOS PREÇOS
Os reajustes de preços de produtos de consumo, que não se restringem mais à cesta básica, abriram conflito entre a indústria e o varejo, segundo mostra hoje o jornal Valor Econômico, em manchete.
Grandes redes de supermercados estão recebendo nos últimos dias novas tabelas de preços remarcados de produtos industrializados, bebidas, produtos de higiene, limpeza e têxteis, entre outros.
Os fabricantes explicam que os reajustes se dão porque há aumentos de preços na origem dos produtos, além da escassez de matérias-primas e insumos em geral.
A alta do consumo, reforçada pelo auxílio emergencial, e a subida do dólar puxam os reajustes. As empresas produtoras evitam investir para estocar insumos temendo queda de consumo no início de 2021, quando pode acabar o abono do Governo.
É alegada também a falta de embalagens recicladas. Essa atividade de reaproveitamento de materiais sofreu grande queda na pandemia. Segundo o Valor, cerca de 90% das embalagens de alimentos são frutos de reciclagem.
ONU – Presidente Bolsonaro fez o tradicional discurso na Assembleia Geral da ONU. Como sempre, dividiu opiniões.
Defendeu a hegemonia do Brasil sobre a Amazônia, atribuiu os incêndios a questões climáticas e a hábitos regionais, e destacou ações realizadas na pandemia e nos projetos sociais.
Defendeu valores como fé, liberdade e democracia, e mostrou que o Brasil tem o papel de ajudar a alimentar o mundo.
Foi muito criticado por muitas entidades que diariamente condenam suas ações, mas ampliou o entusiasmo das áreas que apoiam o Governo.
No plano internacional, a repercussão foi considerada ainda baixa, pela realização da Sessão da ONU à distância, que gerou pouca atenção pública.
DÉFICIT – Ministério da Economia elevou para R$ 861 bilhões a previsão de déficit primário em 2020, ao divulgar o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas.
O déficit primário representa o resultado negativo nas contas do Governo, desconsiderando os juros da dívida pública.
A previsão de queda para o Produto Interno Bruto (PIB) permanece em 4,7%, com valor nominal do PIB de R$ 7,19 trilhões.
A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como índice oficial de inflação, é de 1,8%, pela projeção atual.
RECEITAS – O Relatório do Ministério da Economia mostra redução de R$ 9,72 bilhões nas receitas líquidas da União, em comparação com o balanço anterior à pandemia.
Houve redução de R$ 2,6 bilhões nas estimativas de receitas previdenciárias para 2020.
O Relatório mostra que as concessões da Ferrovia Norte-Sul e da Ferrovia Malha Paulista ajudaram a elevar a arrecadação em R$ 3,9 bilhões.
Houve ainda uma queda de R$ 1,4 bilhão de receitas com a arrecadação de royalties no setor de óleo, gás e minérios.
BRASIL – No meio de semana, número de óbitos no Brasil costuma subir, por causa das subnoticações anteriores, mas permanece neste momento a tendência de queda.
Ontem, foram registradas 836 mortes, elevando o número total a 138.108.
EUA – Estados Unidos ultrapassaram a marca de 200 mil mortes em decorrência da covid-19, o número mais alto entre todos os países.
O mundo está próximo de atingir a marca de um milhão de óbitos.
Nos últimos dias, o país que registra maior preocupação com a covid-19 é a Inglaterra, que passa a adotar medidas para evitar novo ciclo da doença.
GASOLINA – Petrobras anuncia aumento de 4% na gasolina nas refinarias. Diesel sem majoração.
CORREIOS – Cerca de 92% dos empregados dos Correios voltaram ontem ao trabalho.
Empresa espera normalizar o funcionamento esta semana.
CARMEN – Ministra Carmen Lúcia (STF) é provavelmente mais uma autoridade infectada pelo coronavírus na posse do Ministro Luiz Fux.
Ela informou que está se recuperando em Minas.
EMBAIXADOR – Senado aprovou a indicação do diplomata Nestor Forster Junior para Embaixador do Brasil nos Estados Unidos, num processo iniciado em novembro do ano passado.
CNI – Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que a utilização da capacidade instalada (UCI) chegou a 71% em agosto e colocou a atividade industrial brasileira nos níveis anteriores à recessão causada pela covid-19
A UCI do mês passado supera a de agosto de 2019 em dois pontos percentuais.
Já o nível de evolução produtiva alcançou 58,7 pontos em agosto, ante 59,4 em julho e 52,8 em junho.
A empregabilidade no setor, que foi o mais atingido pela retração histórica de 9,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, também teve o segundo mês seguido de evolução e chegou aos 53,8 pontos em agosto, ante 50,9 em julho
ECONOMIA – Bolsa de Valores fechou ontem em 97.294 pontos.
E dólar subiu para R$ 5,46.
Por RENATO RIELLA
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