Se as emissões de gases estufa seguirem o ritmo atual, a queda da reprodução colocará em risco a permanência da espécie até 2100. Urso-polar é visto bem magro perto de Tilichiki, na Rússia, a centenas de quilômetros de seu habitat natural, em foto de 16 de abril
Alina Ukolova via AP
A mudança climática pode levar, até 2100, à quase extinção dos ursos polares, incapazes de se alimentar na ausência de blocos de gelo – alerta um estudo publicado nesta segunda-feira (20) na revista “Nature Climate Change”.
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Se as emissões de gases causadores do efeito estufa continuarem no mesmo ritmo dos dias atuais, “a queda da reprodução e da sobrevivência colocará em risco a permanência de quase todas as subpopulações até 2100”, afirmam os pesquisadores.
Os autores do estudo ainda disseram que, mesmo em um cenário mais favorável, a extinção destes animais emblemáticos do Ártico será apenas adiada, mas não impedida. Os cientistas reconheceram, no entanto, não poder estimar quando cada população será afetada, mas que o processo de degelo do Polo Norte afeta diretamente a reprodução e sobrevivência dos animais.
A pesquisa estabeleceu um modelo matemático que consegue prever os futuros impactos a partir da observação do comportamento dos ursos polares entre os anos 1979 e 2016.
“Combinamos os limites de tempo que os animais podem jejuar com os dias sem gelo”, escreveram os pesquisadores. “Tudo a partir de um grande conjunto dentro de um modelo de sistema da Terra, que revela quando os impactos demográficos provavelmente ocorrerão em diferentes subpopulações no Ártico”.
Globo Natureza: Urso Polar
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