Associação representativa do setor registrou 65 milhões de noites em hospedagens a menos em comparação ao ano passado, devido à pandemia de coronavírus. Gôndola em Veneza, na Itália
Reuters/Flavio Lo Scalzo
O turismo na Itália viveu um “verão a ser esquecido”, lamentou neste sábado (5) a associação representativa do setor, que registrou 65 milhões de noites em hospedagens a menos, em comparação ao ano passado, devido à pandemia de coronavírus.
O número de italianos que passaram férias no país aumentou 1,1%, mas a queda no número de estrangeiros chegou a 65,9%, segundo estudo do Centro de Estudos de Turismo (CTS) de Florença, realizado com 1.975 empresários do setor.
“A ligeira recuperação do mercado italiano em agosto não é suficiente para salvar o verão de 2020, que continua a ser uma temporada a ser esquecida para o setor do turismo”, ressaltou a associação Assoturismo Confesercenti.
“No trimestre junho-agosto, a presença em estabelecimentos de alojamento na Itália foi de 148,5 milhões (de noites), ou seja, menos 65 milhões de noites que em 2019 (-30,4%)”, informou.
Do ponto de vista do volume de negócios, as empresas apontam queda média de 37,5% em relação ao mesmo período de 2019.
“As empresas esperam o prolongamento da temporada de verão em setembro e um retorno progressivo dos estrangeiros, apesar de a notícia do aumento das infecções limitar as reservas e, em alguns casos, ter havido cancelamentos”, disse Vittorio Messina, presidente da Assoturismo Confesercenti.
Ele pediu ao governo que “amplie o apoio ao setor, que enfrenta um novo período de incertezas”.
O turismo é responsável por 13% do Produto Interno Bruto (PIB) da Itália.
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