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Twitter suspende conta de filho de Trump temporariamente por postagem sobre hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19

Rede social alega que tweet de Donald Trump Jr. violou regras por compartilhar “informações incorretas” sobre a doença. Donald Trump Jr. durante no evento Dream City Church no dia 23 de junho de 2020
Evan Vucci/AP
O Twitter suspendeu temporariamente a conta de Donald Trump Jr., filho do presidente dos Estados Unidos, por compartilhar um vídeo sobre o uso da hidroxicloroquina contra a Covid-19, mesmo que o medicamento não tenha sido considerado, segundo estudos, um tratamento eficaz contra o vírus.
A notícia de que a conta sofreu restrições foi anunciada nesta terça-feira (28) pelo porta-voz do filho de Donald Trump e estrategista do partido Republicano, Andrew Surabian. Ele acusou a empresa de tecnologia de ser “a maior ameaça à liberdade de expressão”.
Em resposta à postagem de Surabian, a rede social disse que “a conta não foi permanentemente suspensa” (leia a postagem mais abaixo).
“De acordo com a captura de tela [exibida por Surabian], o Tweet exige exclusão porque viola nossas regras (compartilhando informações incorretas no COVID-19), e a conta terá funcionalidade limitada por 12 horas”, respondeu o Twitter.
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Segundo o jornal britânico The Guardian, o vídeo compartilhado por Trump Jr. foi o da médica Stella Immanuel, que teria defendido a hidroxicloroquina como uma “cura” para o coronavírus.
A médica teria também descartado evidências de que o uso de máscaras ajuda a conter a disseminação do vírus.
‘Sem eficácia’
No maior estudo brasileiro publicado até agora, pesquisadores apontam que a hidroxicloroquina não teve eficácia no tratamento da Covid-19 em pacientes com casos leves e moderados atendidos em hospitais.
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O estudo aponta que, após 15 dias de tratamento, percentuais semelhantes dos pacientes (que tomaram ou não hidroxicloroquina) já estavam em casa “sem limitações respiratórias”. O percentual de óbitos foi igual em todos os grupos: 3%.
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A pesquisa, revisada por outros cientistas, foi publicada na última quinta-feira (23) no “The New England Journal of Medicine”.
O estudo foi realizado pela Coalizão COVID-19, que ainda conduz outros oito estudos sobre o tema, incluindo um sobre a mesma droga no tratamento de casos ambulatoriais, ou seja, em casos mais leves da Covid-19.
O grupo é formado por Hospital Israelita Albert Einstein, HCor, Hospital Sírio-Libanês, Hospital Moinhos de Vento, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, o Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet).
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