A menos de duas semanas de sua posse como 47º presidente dos Estados Unidos, Donald Trump lançou uma causa polêmica com declarações que evidenciavam ambições expansionistas. Em entrevista concedida na Flórida, o republicano não desistiu do uso de força militar para assumir o controle do Canal do Panamá e da Groenlândia, além de defender uma “unificação” com o Canadá e propor a mudança do nome do Golfo do México para “Golfo da América”.
Declarações polêmicas
Trump classificou a fronteira entre EUA e Canadá como “artificial” e afirmou que sua eliminação seria benéfica para a segurança nacional. Já sobre o Canal do Panamá e a Groenlândia, declarou: “Precisamos deles por razões de segurança econômica. Não vou me comprometer com isso. Podemos ser que tenhamos que fazer algo.”
Essas falas geraram reações imediatas. A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, afirmou que “a Groenlândia pertence aos groenlandeses”, enquanto o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, destacou que “o Canadá jamais fará parte dos EUA”.
Impacto e críticas internacionais
Os especialistas apontam que as declarações representam uma ameaça à integridade territorial de países soberanos. Alonso Illueca, da Universidade Santa María La Antigua, considerou as falas de Trump uma “violação flagrante do direito internacional”, enquanto Jaime Porcell, da Universidade do Panamá, alertou para uma tentativa de ressuscitar a “política do Big Stick”, estratégia intervencionista dos EUA no início do século XX.
Mudança no Golfo do México
Outro ponto controverso foi a sugestão de Trump de renomear o Golfo do México como “Golfo da América”. A proposta já conta com o apoio de aliados no Congresso, como a deputada republicana Marjorie Taylor Greene, que pretende apresentar um projeto de lei sobre o tema.
Reações e possíveis desdobramentos
Analistas como Vicente Sánchez Munguía, do Colégio da Fronteira Norte, acreditam que as declarações de Trump geraram reações nacionalistas nos países relatados. No entanto, questionam até que pontos tais falas serão transformadas em ações concretas após sua posse. Enquanto isso, a comunidade internacional segue atenta às possíveis implicações geopolíticas dessas ambições territoriais.
Fonte:Correio Braziliense
Foto:O Globo
Comentar