Na quarta-feira (16), haverá votação na fábrica de Taubaté (SP) e, na quinta-feira (17), na de São Carlos (SP). Trabalhadores aprovam programa de demissão da Volks no ABC
REUTERS/Paulo Whitaker
Em assembleias nesta terça-feira (15), os trabalhadores de duas fábricas da Volkswagen – em São Bernardo do Campo (SP) e São José dos Pinhais (PR) – aprovaram um acordo que prevê a eliminação de postos de trabalho, por meio de um programa de demissão voluntária (PDV), e flexibilidade na reposição salarial, além de revisão de benefícios.
Os acordos foram divulgados pelos sindicalistas. A empresa aguarda a realização de todas as assembleias para pronunciar-se. Na quarta-feira haverá votação na fábrica de Taubaté (SP). Na quinta-feira (15) será a vez dos funcionários da fábrica em São Carlos (SP), onde são produzidos motores.
A empresa ainda não informou, portanto, quantos postos de trabalho pretende eliminar. Segundo informações divulgadas pelos sindicatos há alguns dias, nas negociações, a empresa queixou-se de um excedente em torno de 5 mil trabalhadores, o que corresponde a um terço dos cerca de 15 mil funcionários no país.
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Os trabalhadores que aderirem ao PDV, segundo o sindicato, receberão 20 salários adicionais à tabela base. O período de inscrição ainda não foi definido. Posteriormente, será definido um segundo período com PDV de dez salários adicionais.
Em 2020, os salários não terão repasse do INPC no limite de 5%. Mas os trabalhadores receberão abono de R$ 6 mil. Para o próximo ano, não haverá aplicação do INPC limitado a 3,5%. Se o índice da inflação ficar acima disso, haverá a aplicação da diferença nos salários. A participação nos resultados em 2020 terá valor fixo de R$ 12,8 mil.
A empresa negociou, ainda, a possibilidade de usar o “layoff” (suspensão temporária dos contratos de trabalho) até o limite de dez meses. No caso, a remuneração dos trabalhadores será de 82,5% de salário líquido.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o acordo tem validade de cinco anos. A negociação levou cerca de três semanas.
“Vivemos um momento de incerteza em relação ao futuro econômico do país. Nesse cenário, um acordo que garante estabilidade por cinco anos é muito positivo, inclusive tornando-se referência para o movimento sindical”, destacou, por meio de nota, o presidente do sindicato e trabalhador na Volks, Wagner Santana.
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