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Economia

Tesouro anuncia emissão de US$ 2,25 bilhões em títulos da dívida externa

Ao todo, foram emitidos US$ 1,5 bilhão com vencimento em 10 anos. Também houve incremento de US$ 750 milhões, com vencimento em 29 anos. O Tesouro Nacional anunciou nesta terça-feira (29) a emissão de US$ 2,25 bilhões em títulos da dívida externa no mercado internacional.
A emissão acontecerá da seguinte maneira:
US$ 1,5 bilhão com vencimento em 12 de setembro de 2031;
US$ 750 milhões em papeis com vencimento em 14 de janeiro de 2050.
De acordo com o Tesouro, os retornos serão divididos da seguinte maneira:
Vencimento em 2031: 3,875% ao ano;
Vencimento em 2050: 4,925% ao ano.
Captação de recursos no mercado externo
O governo busca captar recursos no mercado externo em meio à crise causada pela pandemia da Covid, mas também em um período de aumento na procura de investidores estrangeiros por títulos brasileiros.
“O objetivo da operação é dar continuidade à estratégia do Tesouro Nacional de promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo, provendo referência para o setor corporativo, e antecipar financiamento de vencimentos em moeda estrangeira”, informou o órgão.
A última emissão de títulos da dívida externa ocorreu em dezembro de 2020. Ao todo, foram emitidos US$ 2,5 bilhões com vencimento em 5 anos, 10 anos e 30 anos.
Como funciona
Os investidores compram os títulos da dívida pública em dólar ou em outras moedas e, quando fazem o resgate, recebem de volta o valor pago ao governo brasileiro.
No caso dos títulos com vencimento em 2031 e em 2050, o Tesouro informou que pagará juros semestralmente. Em outros papeis, o investidor só recebe os juros no resgate.
O lançamento de bônus no mercado externo funciona como um leilão: os investidores fazem suas propostas de taxa de juros e quantidade de títulos que desejam receber, e o Tesouro aceita ou recusa. As ofertas são feitas aos bancos contratados pelo Tesouro Nacional para liderar a operação.
As emissões de títulos da dívida externa também costumam ser mais baratas do que as emissões de papeis no mercado interno.
Em maio deste ano, o custo médio da dívida interna foi de 5,5% ao ano. Já na emissão desta terça-feira os juros chegaram a 3,75% ao ano, para papeis com vencimento em 10 anos, e 4,75% ao ano, para títulos com vencimento em 29 anos.

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