País africano enfrenta mais de cem focos de incêndio ativos. Autoridades falam em ‘origem criminosa’ para parte do fogo e ao menos quatro pessoas já foram detidas. Homens tentam apagar incêndio na província de Tizi Ouzou, na Argélia, em 10 de agosto de 2021
Abdelaziz Boumzar/Reuters
Subiu para 65 o número de mortos durante os incêndios florestais que atingem o norte da Argélia, informaram as autoridades do país africano nesta quarta-feira (11). Ao menos 28 deles eram soldados que atuavam no combate às chamas.
O presidente argelino Abdelmadjid Tebboune decretou luto oficial por três dias.
Os serviços de emergência já identificaram e tentam controlar ao menos cem focos ativos de incêndio. As autoridades argelinas falam na possibilidade de “origem criminosa” para parte do fogo e ao menos quatro pessoas já foram detidas.
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O governo enviou o Exército para ajudar a controlar o fogo na região montanhosa de Cabília, localizada a cerca de 100 quilômetros da capital Argel.
Segundo a agência de notícias France Presse, moradores da região tentam ajudar como podem e se arriscam para combater as chamas.
Árvores queimadas perto de Tizi Ouzou, a cerca de 100 km de Algiers, na Argélia, em foto desta terça-feira (10)
AP Photo/Fateh Guidoum
Onda de calor
Enquanto a Argélia enfrenta uma onda de calor extremo, os ventos espalham o fogo e complicam a tarefa das equipes de resgate.
Segundo os serviços meteorológicos argelinos, a onda de calor extremo no Magreb continuará até 15 de agosto, com temperaturas de até 46 ºC.
Na vizinha Tunísia os termômetros atingiram 49ºC, mas os 15 focos de incêndio no norte e noroeste do país não deixaram vítimas.
O Serviço de Monitoramento da União Europeia já havia alertado que o Mediterrâneo se tornou um foco mais frequente de incêndios florestais por causa do clima cada vez mais quente.
O fogo tem devastado partes de outros países da região mediterrânea como a Grécia, a Turquia e a Itália.
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