A situação econômica atual e as expectativas negativas para os próximos meses puxaram para baixo o ICC (Índice de Confiança do Consumidor) no mês de março.
De acordo com dados divulgados hoje (25) pela FGV (Fundação Getulio Vargas), o otimismo recuou 3,1 pontos no mês e agora figura aos 74,8 pontos, com a insatisfação dos consumidores sobre a situação financeira familiar no menor desde abril de 2016.
Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens da FGV, afirma que a queda da confiança é influenciada pela inflação, lenta recuperação do mercado de trabalho e endividamento das famílias. “Diante das perspectivas negativas sobre a economia, consumidores voltam a ficar cautelosos e diminuem seu ímpeto de compras nos próximos meses”, explica ela.
A pesquisadora relata que o resultado negativo devolve 82% da confiança sinalizada em fevereiro. “Houve piora das avaliações sobre a situação atual e das expectativas em relação aos próximos meses”, afirma Viviane ao destacar uma situação menos favorável às famílias de menor poder aquisitivo.
Em março, a queda do ICC foi influenciada tanto pela piora das avaliações sobre a situação atual quanto das expectativas para os próximos meses. Após duas altas consecutivas, o ISA (Índice de Situação Atual) voltou a cair e perdeu 2,6 pontos, atingindo 65,3 pontos, o menor nível desde abril de 2021 (64,5 pontos).
Já o IE (Índice de Expectativas) recuou 3,2 pontos, para 82,5 pontos, retornando ao patamar próximo ao observado em outubro de 2021 (82,4 pontos).
O indicador que mede a satisfação sobre a situação financeira atual das famílias, por sua vez, caiu 5,2 pontos, para 56,9 pontos, menor nível desde abril de 2016 (56,8 pontos).
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