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Sem Brasil, cúpula em Paris discute preservação da biodiversidade thumbnail
Meio Ambiente

Sem Brasil, cúpula em Paris discute preservação da biodiversidade

Os debates abordam temas amplos, como proteção de áreas terrestres e marítimas, promoção da agroecologia, mobilização de recursos, preservação de florestas, espécies e saúde humana. A Serra do Mar é considerada uma das florestas mais ricas em biodiversidade do mundo
Lucas Pontes
O presidente francês, Emmanuel Macron, comanda nesta segunda-feira (11) a quarta edição do evento “One Planet Summit”, neste ano dedicado à preservação da biodiversidade. Por causa da pandemia do novo coronavírus, a maioria das intervenções acontecem por videoconferência. O Brasil não foi convidado para o evento.
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Ao todo, cerca de 30 chefes de Estado, empresários e representantes de ONGs participam das discussões, entre eles o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, o presidente do Banco Mundial, David Malpass, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a chanceler alemã Angela Merkel e o chefe de governo britânico, Boris Johnson, que organiza a próxima conferência da ONU sobre o clima.
Depois de ser adiada no ano passado por causa da pandemia, a COP26 deve deve acontecer em novembro de 2021, em Glasgow, na Escócia. O Brasil não tem representantes no evento devido às posições negacionistas do presidente Jair Bolsonaro na área do clima.  
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“A crise sanitária evidenciou a necessidade de reequilibrar nossa relação com o meio ambiente, e esta cúpula representa uma rara oportunidade de mostrar ambição e determinação nessa direção”, disse Marco Lambertini, diretor-geral da organização de conservação global WWF Internacional, um dos participantes.
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Os debates abordam temas amplos, como proteção de áreas terrestres e marítimas, promoção da agroecologia, mobilização de recursos, preservação de florestas, espécies e saúde humana. Para a presidência francesa, trata-se de uma “oportunidade de convergência entre temas que muitas vezes são tratados separadamente”. Perante as epidemias e o aquecimento global, “a preservação da biodiversidade se tornou nosso seguro de vida coletivo”, afirma o Palácio do Eliseu em sua nota sobre o encontro.
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O encontro pretende relançar a “coalizão de alta ambição pela natureza” – encabeçada por França, Grã-Bretanha e Costa Rica –, com o objetivo de integrar cerca de 50 países a partir desta segunda-feira (11). O objetivo é obter de cada participante o compromisso de transformar 30% de seus territórios em áreas protegidas. “Um compromisso fundamental” para as próximas negociações globais sobre biodiversidade, afirma o Eliseu.
A França deve oficializar seu engajamento a partir de 2022, levando em conta dentro de seus 30% áreas de proteção que se encontram na Europa e nos territórios ultramarinos da América do Sul (Guiana Francesa), do Índico e Pacífico.
Muralha Verde na África
O evento “One Planet Summit” será precedido por um fórum de captação de recursos para impulsionar o projeto da “Grande Muralha Verde”, liderado pela União Africana há vários anos. Esse programa complexo e ambicioso busca combater a desertificação em torno do Saara. As autoridades africanas esperam levantar US$ 10 bilhões em investimentos, para o período de 2021 a 2025.
Outra iniciativa que deve ser anunciada durante a cúpula é o lançamento de uma aliança de pesquisa chamada Prezode, dedicada à prevenção de novas pandemias de origem animal. O objetivo é reunir a comunidade científica, instâncias locais e decisores para definir soluções adequadas que permitam identificar e reduzir os principais fatores na origem dos riscos de emergência zoonótica”, indica o Palácio do Eliseu. Este projeto tem um orçamento estimado em cerca de € 350 milhões.
VÍDEOS: Natureza e meio ambiente

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