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Rondônia representa 14% das áreas desmatadas na Amazônia em junho, aponta Imazon

Amazônia teve 822 km² de área desmatada em junho. Porto Velho está entre os 10 municípios responsáveis por metade de todo o desmatamento na região. Desmatamento em região perto de Porto Velho (RO)
Arquivo/Ueslei Marcelino/Reuters
Rondônia representa 14% das áreas verdes desmatadas em junho, de acordo com o Boletim de Desmatamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgado nesta sexta-feira (17). Atrás do estado vem Mato Grosso (14%), Acre (7%) e Roraima (1%). Nos primeiros lugares estão Pará (43%) e Amazonas (21%).
Segundo o levantamento, a Amazônia teve 822 km² de área desmatada em junho, o equivalente a duas vezes o tamanho da cidade de Belo Horizonte.
Ainda de acordo com o Imazon, 10 municípios foram responsáveis por metade de todo o desmatamento na Amazônia no mês passado. Pela ordem, são: Altamira (PA), Porto Velho (RO), Novo Progresso (PA) e Itaituba (PA).
Imazon divulgou balanço sobre desmatamento em junho nesta sexta-feira (17).
Reprodução/Imazon
Conforme a pesquisa, boa parte do desmatamento (56%) ocorreu em áreas de preservação “ou sob diversos estágios de posse”.
O restante das áreas verdes perdidas foi registrado em Unidades de Conservação (22%), Assentamentos (19%) e Terras Indígenas (3%). Entre essas áreas, está a TI Karipuna e a Resex Jaci Paraná, em Rondônia.
Os karipuna têm o território mais ameaçado do Brasil quando o quesito é o número de focos em um raio de até 5 quilômetros da demarcação. Quando o critério é queimada dentro da área, a terra está entre as 20 com mais queimadas no Brasil.
O território abrange parte de Porto Velho e de Nova Mamoré. No caminho até a aldeia, pasto e gado dominam a paisagem. A floresta aparece só depois da ponte do igarapé Fortaleza, ponto de entrada na terra indígena.
Como o Imazon mede o desmatamento?
O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon foi criado em 2008. Ele se baseia em imagens de satélites para captar a mudança do uso do solo. Com isso, afirma o Imazon, é possível detectar desmatamentos a partir de 1 hectare, mesmo sob condição de nuvens.
O sistema de alertas do governo, chamado de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), usa imagens de satélite de 6 hectares.
As imagens são captadas e analisadas pela ferramenta de monitoramento do instituto. O Imazon afirma que, atualmente, o SAD utiliza os satélites Landsat 7 (sensor ETM ), Landsat 8 (OLI), Sentinel 1A e 1B, e Sentinel 2A e 2b (MSI) com os quais é possível detectar desmatamentos a partir de 1 hectare mesmo sob condição de nuvens.
Sistemas de monitoramento da Amazônia têm objetivos e metodologias diferentes
Juliane Souza/G1

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