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REUNIÃO MINISTERIAL HOJE

Presidente Lula faz hoje, durante todo o dia, a primeira reunião ministerial com os dirigentes dos 37 ministérios – sem hora para terminar.

Essa reunião tornou-senecessária diante do desencontro de informações no novo Governo, com reflexos no mercado e em setores decisivos da política nacional.
Espera-se que Lula dê orientação expressa aos ministros sobre o anúncio de medidas e reformas, sem precipitação nem especulações.

SAQUE – Mais um ministro recua de proposta apresentada sem consolidação dentro do Governo.
Negada a possibilidade de extinguir o saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), proposta antes pelo Ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Ele voltou atrás.
Disse que a modalidade de saque será “objeto de amplo debate” entre o Conselho Curador do FGTS e as centrais sindicais.

PLANEJAMENTO – Senadora Simone Tebet assumiu o Ministério do Planejamento, dando ênfase ao social. Afirmou que os pobres serão tratados com prioridade no orçamento público.
A ministra comentou que disse ao Presidente Lula ter “divergências econômicas” com os demais integrantes da equipe econômica, as quais terá de superar com diálogo.

POUPANÇA – Em 2022, os brasileiros retiraram R$ 103,24 bilhões a mais do que depositaram na caderneta de poupança, segundo o Banco Central (BC)
A retirada líquida (saques menos depósitos) é a maior para um ano desde o início da série histórica, em 1995.
Em 2022, a aplicação em poupança rendeu 7,9%, diante da inflação oficial de 5,9%.

BOLSA – A B3, Bolsa de Valores do Brasil, registrou no ano passado R$ 7,46 trilhões em negócios nos mercados de renda variável, incluindo mercado a vista, a termo e opções.
A negociação de opções em 2022, de R$ 205,97 bilhões, ficou acima do registrado nos três anos anteriores. Já os mercados à vista e a termo registraram volumes menores do que em 2021, de R$ 7,21 trilhões e R$ 42,15 bilhões, respectivamente.
O número de negócios em 2022 bateu recorde, com 931,78 milhões, um aumento de 0,6% em relação a 2021.

INDÚSTRIA – Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou ao novo Governo 14 propostas para subsidiar ações dos 100 primeiros dias do novo Ministério de Indústria e Comércio.
A CNI apoia o esforço pela reindustrialização e destaca lista com 19 projetos em tramitação no Congresso Nacional.
As prioridades miram a transição energética para uma economia de baixo carbono.
É defendida a ampliação dos investimentos, do financiamento, da produção manufatureira, das exportações, da integração internacional e da inovação.
CNI diz que a reforma estrutural mais importante para a retomada de investimentos e do crescimento econômico é a Reforma Tributária.
Defende mudança na tributação sobre o consumo, em que se adota o modelo de Imposto de Valor Agregado (IVA Dual), estabelecendo dois tributos incidentes sobre o consumo e extinguindo ICMS, ISS e PIS/Cofins.

DÍVIDAS – Governo Federal pretende criar programa para atender pessoas endividadas, entre elas as que contraíram empréstimo consignado oferecido pelo Auxílio Brasil em 2022. Será o projeto Desenrola Brasil.
A estimativa é atender 80 milhões de pessoas inadimplentes. As dívidas somam R$ 9,5 bilhões.

DIA 7 – Em grupos de WhatsApp de direita, surge forte campanha para que manifestantes atuem em Brasília amanhã (7) e domingo, protestando contra o novo Governo.
Realmente, o acampamento do Setor Militar Urbano estava com poucas pessoas instaladas, mas ontem começaram a chegar manifestantes de outras cidades e muitos de Brasília, retornando à área.
A novidade é o apelo para que haja protesto na Esplanada dos Ministérios, até então preservada por manifestantes.
Em alguns estados, tem havido protestos de caminhoneiros.

FPM – Prefeituras reagem contra possível queda de receita em decorrência da divulgação da prévia do Censo 2022, onde tiveram aparente queda de população, gerando perda na arrecadação no Fundo de Participação dos Municípios.
Questionamentos chegam à Justiça Federal e 63 municípios pernambucanos conseguiram liminar que impede a redução da receita.
ECONOMIA – Dólar teve forte queda após declarações de ministros de que o Governo atual não revisará reformas e medidas econômicas tomadas na gestão anterior. A Bolsa de Valores subiu mais de 2% e aproximou-se dos 108 mil pontos.

  1. O dólar fechou ontem a R$ 5,352, com recuo de 1,85%.
    Índice Ibovespa atingiu 107.641 pontos, com alta de 2,19%.
    Por RENATO RIELLA

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