Cotações do petróleo avançaram pelo terceiro dia consecutivo, alcançando valores máximos em nove meses no fechamento. Cotações do petróleo subiram pelo terceiro dia consecutivo nesta quarta-feira (16)
Lucy Nicholson/ Reuters
As reservas comerciais de petróleo nos Estados Unidos tiveram forte baixa na semana passada, depois de uma alta inesperada e inédita há 15 dias, e a commodity fechou em alta em Londres e Nova York.
As cotações do petróleo subiram pelo terceiro dia consecutivo nesta quarta-feira (16), alcançando valores máximos em nove meses no fechamento.
O barril de Brent do mar do Norte para entrega em fevereiro subiu 0,6% em Londres, a US$ 51,08.
E o barril de WTI para entrega em janeiro subiu 0,4%, a US$ 47,82.
O petróleo continua se beneficiando do otimismo do mercado com a demanda futura, após o início das campanhas de vacinação em massa contra o novo coronavírus.
“Nada parece poder deter” a alta dos preços, “mas o contexto é tudo menos rosa”, resumiu Carsten Fritsch, do Commerzbank.
A Agência Internacional de Energia (AIE) prospecta uma recuperação do consumo de petróleo em 2021 menor do que o esperado, principalmente devido a uma revisão para baixo da demanda do combustível para aviação.
“Parece que a AIE considera que as vacinas não terão impacto positivo sobre a demanda de petróleo”, acrescentou Fritsch, uma pedra no sapato que os investidores parecem ignorar no momento.
Nesta quarta (16), o mercado recebeu o relatório da Agência Americana de Informação sobre Energia (EIA), que mostrou que as reservas comerciais de petróleo no principal consumidor de ouro negro, diminuíram em 3,1 milhões de barris (mb) a 500,2 mb em 11 de dezembro, uma alta maior do que a esperada pelos analistas.
Em Cushing, Oklahoma, onde ficam os reservatórios que servem de referência para o WTI cotado em Nova York, as reservas aumentaram, no entanto, em 200.000 barris, a 58,4 mb.
Na semana anterior, as reservas americanas de cru dispararam em 15 mb, uma cifra que surpreendeu o mercado.
O informe divulgado nesta quarta-feira (16) dá conta de um aumento de 1 mb das reservas de gasolina, um aumento menor do que o esperado pelos analistas interrogados pela agência Bloomberg.
No entanto, os estoques de produtos refinados aumentaram em 200.000 barris contra os 850.000 esperados.
As importações petrolíferas americanas caíram, de 6,5 mb diários (mbd) a 5,4 mbd entre uma semana e outra, enquanto as exportações aumentaram a 2,6 mbd contra 1,8 mbd.
Os Estados Unidos consumiram na semana passada uns 18,9 mbd de produtos petrolíferos, 8,4% a menos do que no mesmo período do ano passado.
As refinarias funcionaram em 79,1% de suas capacidades, abaixo da semana anterior.
A produção local foi de 11 mbd, em baixa de 100.000 barris diários.
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