Vladimir Putin conquistou uma vitória expressiva nas eleições presidenciais russas de 2024, garantindo sua permanência no poder até, pelo menos, 2030. Com 99,8% dos votos contados, Putin obteve impressionantes 87,3% de apoio, de acordo com resultados preliminares divulgados pela Comissão Eleitoral Central da Rússia (CEC) nesta segunda-feira (18).
O resultado consolida ainda mais o controle de Putin sobre o país, tornando-o o líder russo mais antigo desde o ditador soviético Joseph Stalin. Sua reeleição garante uma terceira década completa de governo, com potencial para estender seu mandato até 2036, devido às mudanças constitucionais que removeram os limites do mandato presidencial.
As eleições foram marcadas por uma participação recorde pós-soviética, com 77,44% dos eleitores comparecendo às urnas. No entanto, críticos apontam para a ausência de competição real, já que a maioria dos candidatos da oposição foi impedida de concorrer, mortos, presos ou exilados.
Com a dissidência efetivamente proibida e o controle do Kremlin reforçado, Putin não enfrentou desafios credíveis à sua liderança, o que levantou questões sobre a legitimidade do processo eleitoral. Apesar disso, as eleições ainda têm um significado crucial para o Kremlin, servindo como um ritual para confirmar a autoridade de Putin.
Além disso, as eleições ocorreram em meio a tensões geopolíticas, com a Rússia envolvida em uma guerra com a Ucrânia. A invasão de Putin reconfigurou os eixos geopolíticos mundiais e impôs enormes custos à população russa, com impactos econômicos e políticos significativos.
Embora a vitória de Putin tenha sido previsível, o resultado ressalta o desafio enfrentado pelos críticos do Kremlin, especialmente em um cenário onde a dissidência é reprimida e a oposição silenciada.
#Eleições #Rússia #Putin #Democracia #Oposição #Política #Putin #EleiçõesRússia #Política
Comentar