De acordo com as recentes Projeções de População do IBGE, o crescimento da população brasileira deverá parar em 2041, quando o país alcançará seu máximo histórico de 220.425.299 habitantes. A partir desse ano, a população começará a diminuir, com uma previsão de 199.228.708 habitantes em 2070.
Principais Dados das Projeções
- Taxa de Fecundidade: De 2000 a 2023, a taxa de fecundidade caiu de 2,32 para 1,57 filho por mulher. A previsão é que essa taxa continue a diminuir, alcançando 1,44 em 2041, e ligeiramente aumente depois, chegando a 1,50 em 2070.
- Idade Média da Maternidade: A idade média em que as mulheres têm seus filhos subiu de 25,3 anos em 2000 para 27,7 anos em 2020, e deve atingir 31,3 anos até 2070.
- Número de Nascimentos: O número anual de nascimentos caiu de 3,6 milhões em 2000 para 2,6 milhões em 2022. As projeções indicam que esse número diminuirá para 1,5 milhão em 2070.
- Taxa de Mortalidade Infantil: A taxa de mortalidade infantil caiu de 28,1 para 12,5 óbitos por mil nascidos vivos entre 2000 e 2023, e deve chegar a 5,8 óbitos por mil em 2070.
- Esperança de Vida: A esperança de vida ao nascer aumentou de 71,1 anos em 2000 para 76,4 anos em 2023. A projeção é que alcance 83,9 anos em 2070.
- Proporção de Idosos: A proporção de pessoas com 60 anos ou mais quase dobrou de 8,7% em 2000 para 15,6% em 2023. Em 2070, cerca de 37,8% da população será composta por idosos.
- Idade Média da População: A idade média da população brasileira subiu de 28,3 anos em 2000 para 35,5 anos em 2023, e deve chegar a 48,4 anos em 2070.
Impactos Regionais
- Crescimento Populacional Regional: O crescimento populacional será desigual entre os estados. Rio Grande do Sul e Alagoas devem ser os primeiros a ver uma redução em sua população, já a partir de 2027. Por outro lado, Mato Grosso deve ser o último a registrar essa inflexão, após 2070.
- Diferenças Regionais: Em 2023, a taxa de fecundidade mais alta foi observada em Roraima (2,26), e a mais baixa no Rio de Janeiro (1,39). As taxas de fecundidade variam entre as regiões, com o Norte (1,83) e o Centro-Oeste (1,71) tendo taxas mais altas, e o Sudeste (1,48) e o Sul (1,56) apresentando as mais baixas.
Implicações para Políticas Públicas
Essas projeções são cruciais para o planejamento e a formulação de políticas públicas nas três esferas de governo. Elas orientam decisões sobre recursos e serviços para diferentes faixas etárias, e também são fundamentais para o cálculo de fundos como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e dos Estados (FPE).
A gerente de Estudos e Análises Demográficas do IBGE, Izabel Marri, destaca a importância das Projeções de População para ajustar as amostras das pesquisas domiciliares, como a PNAD Contínua, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).
Esses dados refletem as transformações na sociedade brasileira, como a urbanização, o aumento da escolaridade feminina e a mudança nas práticas de planejamento familiar, que têm contribuído para a redução da taxa de fecundidade e o envelhecimento da população.
Fonte: agência gov
Foto: Blog – Blog Bright Cities
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