As quedas mais acentuadas foram no Amazonas (-46,5%), Ceará (-33,9%), Região Nordeste (-29,0%), Paraná (-28,7%) e Bahia (-24,7%). A produção industrial registou queda, na passagem de março para abril, em 13 das 15 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), conforme dados divulgados nesta terça-feira (9).
Em 8 locais, a queda foi a mais intensa desde o início da série histórica da pesquisa, em 2002, assim como no índice nacional de abril, refletindo os efeitos do isolamento social e da pandemia de Covid-19 em várias unidades produtivas do país.
As 8 regiões que registraram tombo recorde em abril foram: Amazonas (-46,5%), Ceará (-33,9%), Região Nordeste (-29,0%), Paraná (-28,7%), Bahia (-24,7%), São Paulo (23,2%), Rio Grande do Sul (-21,0%) e Rio de Janeiro (-13,9%).
Apenas Pará (4,9%) e Goiás (2,3%) registraram alta no mês.
Na média geral do país, a produção industrial teve um tombo recorde de 18,8% em abril e atingiu o nível mais baixo já registrado na série histórica da pesquisa, conforme divulgou na semana passada o IBGE.
Produção industrial mensal
Economia G1
Veja o resultado em cada um dos locais:
Amazonas: -46,5%
Pará: 4,9%
Região Nordeste: -29%
Ceará: -33,9%
Pernambuco: -11,7%
Bahia: -24,7%
Minas Gerais: -15,9%
Espírito Santo: -16,7%
Rio de Janeiro: -13,9%
São Paulo: -23,2%
Paraná: -28,7%
Santa Catarina: -14,1%
Rio Grande do Sul: -21%
Mato Grosso: -4,3%
Goiás: 2,3%
Média Brasil: -18,8%
Na comparação com abril do ano passado, também houve queda em 13 dos 15 locais pesquisados. Nessa base de comparação, nove regiões atingiram seu resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica: Amazonas (-53,9%), Ceará (-53,0%), Rio Grande do Sul (-35,8%), Região Nordeste (-33,1%), São Paulo (-31,7%), Santa Catarina (-30,8%), Paraná (-30,6%), Pernambuco (-29,1%) e Bahia (-26,5%).
Veículos e máquinas puxam queda de 23,2% em SP
São Paulo, maior parque industrial do país, foi o local com maior influência no resultado geral da indústria em abril, na comparação com março. Com o tombo de 23,2% no mês, a produção industrial paulistana passou a acumular 3 meses seguidos de perdas.
“São Paulo concentra aproximadamente 34% da indústria nacional e atinge nessa passagem (de março para abril) a taxa mais intensa de sua série histórica. Os setores que mais influenciaram essa queda foram o de veículos automotores e o de máquina e equipamentos”, destacou o analista da pesquisa, Bernardo Almeida.
A segunda maior influência no resultado nacional foi o Paraná, com queda de 28,7%. Assim como São Paulo, os setores de veículos automotores e de máquinas e equipamentos foram os que mais contribuíram para o maior recuo da série histórica no estado. Já o Rio de Janeiro, terceiro maior impacto no índice geral, registrou tombo de 13,9%, influenciado pelas quedas nos setores de veículos automotores e de derivados do petróleo.
Perspectivas
Nesta semana, os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, conforme boletim “Focus” do Banco Central. A projeção passou de uma queda de 6,25% para um tombo de 6,48%.
O cenário para a indústria por sua vez sofreu forte piora, com uma queda estimada agora da produção de 5,35% em 2020, ante contração de 3,59% prevista antes.
Produção industrial registrou em abril a maior queda em 18 anos
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