Produção industrial cresce em fevereiro em 11 das 15 regiões pesquisadas, diz IBGE thumbnail
Economia

Produção industrial cresce em fevereiro em 11 das 15 regiões pesquisadas, diz IBGE

Pará, Rio Grande do Sul e Paraná foram os estados que mais se destacaram no mês. São Paulo, maior parque industrial do país, registrou queda, pressionando negativamente o setor. Indústria metalúrgica do Pará foi a que mais se destacou em fevereiro dentre os parques industriais do país.
Pexels
A produção industrial registou alta, na passagem de janeiro para fevereiro, em 11 das 15 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), conforme dados divulgados nesta quarta-feira (8).
Na média geral do país, a indústria avançou 0,5% em fevereiro – a segunda alta consecutiva. Apesar do começo de ano positivo, setor ainda acumula perda de 1,2% em 12 meses.
Segundo o IBGE, Pará, Rio Grande do Sul e Paraná foram as regiões que mais se destacaram no mês puxados pela produção, respectivamente, dos segmentos de metalurgia, fumo e veículos.
Já dentre os quatro estados que registraram queda na produção, São Paulo foi o mais relevante, influenciado sobretudo pelo ramo de derivados do petróleo e biocombustíveis.
“O Pará, com alta de 7,2%, foi a primeira influência e, com esse resultado de fevereiro, elimina a queda de 5,5% do mês de janeiro e é a taxa mais intensa desde agosto de 2019, quando obteve 8,4%”, enfatizou o analista do IBGE, Bernardo Almeida.
Já a produção industrial do Rio Grande do Sul, com alta de 3,1%, apresentou sua segunda taxa positiva consecutiva e um ganho acumulado de 7,0%,, foi influenciada pelo setor de produtos de fumo, uma atividade característica da cultura gaúcha, segundo o IBGE.
Já o Pará, com alta de 2,1%, foi a terceira influência mais positiva para a produção nacional. Com a terceira taxa positiva consecutiva, ela acumula alta de 9,1%, beneficiada sobretudo pelo segmento de veículos, além do de alimentos.
Queda de São Paulo pressiona indústria negativamente
Com o maior parque industrial do país, São Paulo registrou recuo de 0,4% em fevereiro – a menor entre as quatro regiões com queda na produção – sendo a principal influência negativa do resultado nacional.
“Com esse resultado, São Paulo devolve parte da expansão da indústria paulista atingida no mês anterior, que foi de 2,1%”, enfatizou o analista do IBGE, Bernardo Almeida.
Ainda segundo o analista, a queda da indústria paulista foi pressionada, principalmente, pelos setores de derivados do petróleo e biocombustíveis, além do setor de alimentos.
No ano, cinco regiões tiveram queda
Na comparação com fevereiro do ano passado, quando a indústria nacional recuou 0,4%, cinco das 15 regiões tiveram queda – Minas Gerais (-6,3%), Espírito Santo (-4,5%), São Paulo (-3,1%), Amazonas (-3,0%) e Goiás (-1,4%).
Segundo o analista do IBGE, a indústria paulista Paulo também representou o maior impacto negativo sobre a indústria nacional nesta base de comparação.
“Os setores que influenciaram essa queda foram o de veículos automotores, puxado principalmente pela queda na produção de automóveis, o setor de derivados de petróleos, pressionado principalmente pela queda em óleo diesel, óleos combustíveis e gasolina automotiva e também no setor de alimentos, puxada pela queda na produção de sorvetes e picolés, carnes bovinas congeladas e sucos concentrados de laranja”, destacou Bernardo Almeida.
Tiveram alta na comparação com fevereiro de 2019 os parques industriais de Pernambuco (12,3%), Rio de Janeiro (9,7%), Pará (7,5%), Região Nordeste (6,4%),Paraná (3,6%), Bahia (3,3%), Mato Grosso (3,2%), Santa Catarina (2,3%), Rio Grande do Sul (2,2%) e Ceará (1,9%).
Em 12 meses, sete regiões acumulam recuo na produção
Considerando o acumulado nos últimos doze meses, sete das 15 regiões pesquisadas têm taxas negativas, levando a indústria nacional a acumular queda de 1,2%.
Além disso, disso, o IBGE destacou que nove regiões registraram em fevereiro menor dinamismo quando comparado o acumulado em 12 meses até janeiro. A perda de ritmo foi mais intensa em cinco deles:
Amazonas, que recuou de 5,6% para 4,7%
São Paulo, com recuo de 0,7% para 0,0%
Paraná, que recuou de 5,2% para 4,6%
Minas Gerais, que recuou de -6,8% para -7,3%
Ceará, que recuou de 2,1% para 1,6%
Em contrapartida, ganharam ritmo as produções do Rio de Janeiro (de 3,2% para 4,0%), Pernambuco (de -1,5% para -0,7%), Região Nordeste (de -2,0% para -1,5%) e Espírito Santo (de -17,4% para -16,9%).

Tópicos