A produção industrial brasileira cresceu 2,9% no acumulado de 12 meses encerrados em janeiro, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada pelo IBGE. Na comparação com janeiro do ano passado, o crescimento foi de 1,4%, com metade dos 18 estados pesquisados apresentando desempenho positivo.
Apesar do avanço no acumulado anual, a indústria manteve estabilidade entre dezembro e janeiro, após três meses seguidos de crescimento. Segundo o IBGE, fatores como férias coletivas, manutenção de fábricas e o impacto dos juros elevados sobre o crédito influenciaram o desempenho.
Ceará e São Paulo lideram crescimento; Pernambuco tem maior queda
Oito dos 15 estados pesquisados mostraram avanço entre dezembro e janeiro, com destaque para o Ceará (7,9%), que recuperou parte das perdas de novembro e dezembro, impulsionado pelos setores de alimentos, derivados de petróleo e produtos têxteis.
São Paulo (2,4%), maior parque industrial do país, também teve um crescimento expressivo, com destaque para a produção de produtos químicos, borracha, material plástico, máquinas e equipamentos e alimentos. O desempenho colocou o estado 0,5% acima do nível pré-pandemia, mas ainda 22% abaixo do pico registrado em 2011.
Por outro lado, Pernambuco registrou a maior queda no período, com retração de 22,3%, após dois meses de crescimento. O estado foi impactado por férias coletivas e redução na produção de derivados de petróleo, metalurgia e alimentos.
Santa Catarina e Rio Grande do Sul lideram crescimento anual
Na comparação com janeiro de 2023, nove dos 18 estados pesquisados apresentaram crescimento. Santa Catarina (8,6%) e Rio Grande do Sul (8,1%) lideraram o avanço da indústria nacional.
O desempenho catarinense foi puxado pelo setor de alimentos, com alta na produção de carnes e embutidos, além de um aumento na fabricação de máquinas e equipamentos. Já no Rio Grande do Sul, a expansão foi impulsionada pelos setores de derivados do petróleo e veículos automotores.
Outros estados que registraram crescimento foram Bahia (4,3%), Pará (0,9%), Mato Grosso (0,9%), Paraná (0,7%), São Paulo (0,5%), Goiás (0,2%) e Ceará (0,1%).
Nordeste concentra maiores quedas
Entre os estados que tiveram retração na comparação anual, os destaques negativos foram Pernambuco (-15,6%), Rio Grande do Norte (-15,4%) e Maranhão (-11,4%).
Segundo o IBGE, a queda nesses estados foi influenciada pela redução na produção de derivados de petróleo em Pernambuco e no Rio Grande do Norte, além da queda na fabricação de celulose e papel no Maranhão.
Próxima divulgação da pesquisa
A Pesquisa Industrial Mensal Regional, realizada desde a década de 1970, acompanha o desempenho das indústrias extrativas e de transformação no país. A próxima divulgação, referente a fevereiro de 2024, está prevista para o dia 8 de abril.
Fonte:agência gov
Foto:foto da web
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