A produção industrial do Brasil recuou 1,4% de junho para julho de 2024, após um crescimento significativo de 4,3% no mês anterior. Em comparação com julho de 2023, a indústria cresceu 6,1%. No acumulado do ano, o setor apresenta uma alta de 3,2%, e em 12 meses, a expansão é de 2,2%. Apesar da queda recente, a produção industrial está 1,4% acima dos níveis pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 15,5% abaixo do pico histórico de maio de 2011, segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-Brasil) do IBGE.
O declínio de julho seguiu um mês de intenso crescimento, influenciado pelo retorno à produção de unidades afetadas por chuvas no Rio Grande do Sul. Além disso, várias grandes plantas industriais paralisaram suas atividades. Comparado com dezembro de 2023, o setor está 1,2% acima, indicando uma tendência positiva contínua.
Entre as categorias econômicas, produtos alimentícios (-3,8%) e coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,9%) foram os principais responsáveis pela queda. O setor de produtos alimentícios, em particular, foi impactado por uma diminuição na produção de açúcar e carne bovina. O segmento de coque e derivados do petróleo também sofreu com a menor produção de álcool e o impacto da seca na cana-de-açúcar.
Por outro lado, veículos automotores, reboques e carrocerias tiveram um desempenho positivo, com um crescimento de 12,0% em julho. Outros setores que mostraram avanços significativos incluem produtos de metal (8,4%), artefatos de couro e calçados (12,1%) e impressão e reprodução de gravações (23,4%).
Em relação a junho, os bens de consumo semi e não duráveis (-3,1%) e bens intermediários (-0,3%) mostraram quedas. Contudo, bens de capital (2,5%) e bens de consumo duráveis (9,1%) tiveram resultados positivos.
Na comparação anual, a produção industrial cresceu 6,1% em julho de 2024. Setores como veículos automotores (26,8%) e produtos químicos (10,5%) tiveram as maiores contribuições para esse crescimento.
A Pesquisa Industrial Mensal (PIM) atualiza suas metodologias e resultados regularmente para refletir as mudanças econômicas. A próxima divulgação dos dados de agosto de 2024 está prevista para 2 de outubro.
Fonte: Blog do Riella
Foto: InfoMoney
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