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Economia

Produção de milho movimenta economia de cidade do Mato Grosso

No município de Sorriso, região norte do estado, a valorização do cereal tem gerado emprego e aumento de investimentos. Produção de milho movimenta economia de cidade do Mato Grosso
A valorização e o aumento da produção de milho têm movimentado a economia do município de Sorriso, no médio norte de Mato Grosso (MT), maior produtor do cereal do país. Mesmo em meio à pandemia de Covid-19, crescem os investimentos e as vagas de emprego na região.
Nos últimos 5 anos, o milho passou a ocupar uma área quase 30% maior na cidade, demandando mais gente no campo. Em época de colheita, por exemplo, são gerados cerca de 2.500 empregos diretos nas fazendas e na agroindústria.
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Além disso, a safra do cereal injeta em torno de R$ 60 milhões na economia de Sorriso. Neste ano, a safra deve bater recorde, com previsão de uma colheita de 3,5 milhões de toneladas, crescimento de 5% em relação à última colheita.
Um dos beneficiados desta expansão é Matheus Teixeira do Nascimento, que trocou um emprego em uma borracharia para trabalhar em uma fazenda de milho da cidade.
“Na borracharia, eu ganhava uns R$ 1.200 por mês, mas não dava para fazer nada. Aqui eu ganho uns R$ 2.500 por mês e tem alojamento, comida, almoço, janta, tudo…muito melhor”, diz Matheus.
Agroindústria
Além das fazendas, novas vagas também surgem nas indústrias que processam o milho. Por conta da pandemia, uma fábrica de etanol de Sorriso passou a produzir álcool 70% e, para isso, teve que contratar 12 pessoas. Uma delas foi a Larissa Bianca, que, após ficar por dois meses desempregada, ocupou uma das vagas como encarregada de produção.
A usina que ela trabalha opera desde 2015 e, de lá para cá, já ampliou em 17 vezes a sua capacidade de produção de etanol. A empresa faz a moagem de 210 toneladas de milho por dia, o que resulta em 85 mil litros de etanol, além de 45 toneladas de DDG – um composto usado para alimentar animais.
“A demanda por combustível e proteína é grande. Uma das principais atrações é a verticalização do produto primário. Você pegar a matéria-prima, o milho no caso, e transformar isso em proteína, em energia, em etanol, óleo e geração de energia… um produto com energia renovável”, diz Adriano Soriano, engenheiro responsável pela usina.
Investimentos
Em uma outra propriedade de Sorriso, parte do lucro com a comercialização do milho foi investida em um barracão para armazenar grãos, sementes e máquinas.
“A gente acaba construindo, lógico, para melhorias na fazenda, né? Esses investimentos têm que acontecer”, diz o agricultor Sérgio Esteves.
Já na empresa de Pedro de Moraes Filho, a demanda cresceu tanto, que ele está construindo um novo silo que terá capacidade para estocar mais 100 mil toneladas de grãos. São mais de R$ 19 milhões investidos na construção, sem nenhum financiamento.
“É o crescimento do mercado de milho e a reserva que nós vínhamos fazendo durante todos esses anos, para chegar nesse momento e construir essa nova obra”, diz Pedro.

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