É a segunda maior queda mês a mês desde maio de 2018, quando aconteceu a greve dos caminhoneiros. Ainda de acordo com a Abinee, percentual de empresas que promoveu demissões cresceu. A produção de eletroeletrônicos no Brasil caiu 9,1% em março, em relação ao mês anterior, afirmou a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) nesta quarta-feira (6).
Os dados são do IBGE, agregados pela associação, com ajuste sazonal. No final de março, uma sondagem da Abinee mostrou que 24% das fabricantes estavam paralisadas, por causa da pandemia de coronavírus.
Ainda de acordo com a Abinee, essa é a segunda maior queda mensal desde maio de 2018, quando aconteceu a greve dos caminhoneiros.
Apesar da queda em relação a fevereiro, o valor foi menos expressivo se comparado ao mesmo mês de 2019. Na comparação anual, a produção do setor recuou 0,3%.
“Já esperávamos esse desempenho com base em sondagens que havíamos feito junto às empresas do setor. Em abril, teremos uma nova queda, provavelmente ainda mais aguda, em função do início das medidas de isolamento social”, afirmou Humberto Barbato, presidente da Abinee.
30% das empresas demitiu em abril
Outra sondagem feita pela própria Abinee apontou que cresceu para 30% o percentual de empresas que realizaram demissões no setor em abril. O dado era 29% em março, e 20% em fevereiro.
Essa última pesquisa apontou ainda que, apesar das demissões, 95% das empresas estão tomando atitudes para evitar a medida, como adoção de trabalho remoto, antecipação de férias, acordos de redução de jornada, entre outras medidas.
Segundo Barbato, as incertezas sobre a evolução da pandemia continuam causando preocupação nas fabricantes. “Não se sabe a duração e a intensidade das medidas de isolamento social até que seja possível realizar o retorno de uma forma segura”.
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