A prévia da inflação de agosto, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), ficou em 0,19%, uma leve queda em relação à taxa de 0,30% registrada em julho. O IBGE divulgou os dados hoje (27), destacando que a maior variação e impacto vieram do grupo Transportes, seguido pelos grupos Educação e Artigos de residência.
Principais Resultados por Grupo
- Transportes (0,83% e 0,17 ponto percentual): A inflação neste grupo foi puxada principalmente pelos combustíveis, que subiram 3,47%. A gasolina, em particular, teve alta de 3,33%, enquanto o etanol aumentou 5,81%, o gás veicular 1,31% e o óleo diesel 0,85%. As passagens aéreas, por outro lado, registraram uma queda de 4,63%.
- Educação (0,75% e 0,05 p.p.): A alta foi impulsionada pelo aumento nos preços dos cursos regulares, que subiram 0,77%. Destaques foram os cursos de ensino superior (1,13%) e ensino fundamental (0,57%). Cursos diversos, como idiomas, também registraram alta de 0,47%.
- Habitação (0,18% e 0,03 p.p.): O principal impacto foi o aumento do gás de botijão (1,93%). A taxa de água e esgoto também teve reajustes variados conforme as cidades, com um impacto médio de 0,13%. A energia elétrica residencial, no entanto, passou de 1,20% em julho para -0,42% em agosto, devido ao retorno da bandeira tarifária verde e ajustes tarifários em diversas localidades.
- Alimentação e Bebidas (-0,80% e -0,17 p.p.): A alimentação no domicílio teve uma queda mais acentuada (-1,30%) do que em julho (-0,70%), com destaque para a redução nos preços de tomate (-26,59%), cenoura (-25,06%), batata-inglesa (-13,13%) e cebola (-11,22%). A alimentação fora do domicílio acelerou para 0,49%, refletindo altas no lanche e na refeição.
Dados Regionais
- Recife (0,50%): A maior variação regional, influenciada pelo aumento de 6,01% na gasolina.
- Salvador (-0,11%): A menor variação, com quedas significativas no preço do tomate (-30,33%) e cebola (-13,73%).
Contexto Geral
Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumula uma variação de 4,35%, ligeiramente abaixo dos 4,45% registrados nos 12 meses anteriores. Em comparação com agosto de 2023, quando a taxa foi de 0,28%, o resultado deste mês reflete a influência predominante dos combustíveis sobre a inflação.
O acompanhamento dos índices de preços e suas variações é fundamental para a compreensão da dinâmica econômica e para a formulação de políticas públicas que busquem estabilizar a inflação e proteger o poder de compra dos consumidores.
Fonte: Blog do Riella
Foto: Agência de Notícias – IBGE
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