Seguindo a tradição, o Presidente da República do Brasil, Jair Bolsonaro, fez o discurso de abertura do debate geral da 77ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, nesta terça-feira (20/09), em Nova Iorque. A abertura da assembleia é o momento em que os líderes mundiais de mais de 190 países se reúnem para discutir os desafios enfrentados pela comunidade internacional.
O Presidente Jair Bolsonaro iniciou o discurso falando sobre a Covid-19 e seus impactos. Ele citou a ampla campanha de imunização no país, o pagamento de auxílio financeiro à parcela da população com menor renda e a criação de programas para preservar empregos no país.
Aos presentes, o Presidente Jair Bolsonaro afirmou que, em nome de um crescimento sustentável e inclusivo, foram implementadas reformas para a atração de investimentos e melhoria das condições de vida da população.
O desempenho do Brasil na produção de alimentos foi citado pelo Presidente Jair Bolsonaro na Assembleia Geral das Nações Unidas. Ele lembrou que, há quatro décadas, o Brasil importava alimentos e hoje, é um dos maiores exportadores mundiais. O feito foi alcançado, segundo o Presidente, com pesados investimentos em ciência e inovação, com vistas à produtividade e à sustentabilidade.
Ao tratar de desenvolvimento sustentável, disse que o Brasil é parte da solução e referência para o mundo nessa área. E detalhou que dois terços de todo o território brasileiro permanecem com a vegetação nativa da época do descobrimento, em 1500. E que, na Amazônia brasileira, mais de 80% da floresta continua intocada.
Outro ponto do discurso do Presidente Jair Bolsonaro diante dos líderes mundiais foi a política externa. Ele defendeu uma reforma da ONU, afirmando que é algo essencial para encontrarmos a paz mundial. Segundo o Presidente Jair Bolsonaro, no caso específico do Conselho de Segurança, após 25 anos de debates, está claro que é preciso buscar soluções inovadoras.
Sobre a guerra na Ucrânia, o Presidente Jair Bolsonaro defendeu um cessar-fogo imediato, a proteção de civis e não-combatentes, a preservação de infraestrutura crítica para assistência à população e a manutenção de todos os canais de diálogo entre as partes em conflito. Lembrou que as consequências do conflito já se fazem sentir nos preços mundiais de alimentos, de combustíveis e de outros insumos. E disse que o Governo brasileiro apoia esforços para reduzir os impactos econômicos da crise.
Também lembrou ainda o longo histórico de participação do Brasil em missões de paz da ONU e a política brasileira de acolhimento humanitário, principalmente a venezuelanos, haitianos, sírios, afegãos e ucranianos.
Assembleia Geral
A 77ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas tem por tema principal “Um momento divisor de águas: soluções transformadoras para desafios interligados”. O evento se estende até o dia 26.
Ao longo desse período, a delegação brasileira participará de reuniões sobre temas como desenvolvimento sustentável, educação, minorias étnicas, eliminação de armas nucleares, operações de paz, reforma do Conselho de Segurança, conflito na Ucrânia e mediação.
Tradição
A fala inicial do Brasil na Assembleia Geral da ONU cumpre uma tradição de 1947, quando o diplomata Oswaldo Aranha presidiu a Assembleia em dois momentos. Primeiro, entre abril e maio, quando o Reino Unido solicitou uma convocação extraordinária para discutir o status da Palestina, que desde o fim da Primeira Guerra Mundial estava sob um mandato britânico.
E, depois, em novembro de 1947, quando esteve à frente da 3ª Assembleia Geral das Nações Unidas que discutiu e aprovou a criação do Estado de Israel.
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