Campos Neto indicou também que taxa básica de juros deve subir 0,75 ponto percentual em maio. IBGE divulgou nesta sexta (9) que a inflação dos últimos 12 meses acumula alta de 6,10%. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, avaliou nesta sexta-feira (9) que os fatores que estão elevando a inflação são “temporários”.
Nesta sexta-feira (9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação dos últimos 12 meses acumula alta de 6,10%. A taxa ficou acima do limite superior da meta de inflação estabelecida para 2021 – o centro da meta é de 3,75%, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.
“Quando olhamos para a inflação, mesmo reconhecendo que está subindo, que está se dissipando e contaminando o núcleo, reconhecemos que a maior parte dos componentes que estão gerando isso são temporários. Entendemos que há uma dissipação, que a valorização da moeda tem um impacto na persistência, mas, para nós, o importante é o que acontece na inflação. Reconhecemos tudo isso, mas vemos que muito disso é temporário. Mesmo no número que saiu hoje [sexta-feira], você pode ver isso”, disse Campos Netto em um evento organizado por ima empresa do mercado financeiro.
Analistas discutem no mercado se o crescimento da inflação poderia levar a uma elevação maior na taxa Selic no próximo mês.
Segundo Campos Neto, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter a programação de subir a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, para 3,5% ao ano, na próxima reunião que acontecerá no início de maio.
“O que temos dito é que, a menos que algo muito diferente aconteça, e o número de hoje [do IPCA] corrobora isso, estamos indo para uma nova alta de 0,75 ponto percentual [em maio] (…) Hoje, com as variáveis que temos, podemos dizer que, a menos que algo muito diferente aconteça, vamos manter o que foi decidido e comunicado (alta de 0,75 ponto). Se algo muito diferente acontecer, gostaríamos de comunicar ao mercado que estamos vendo algo diferente. o que não está acontecendo hoje”, acrescentou.
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