Segundo levantamento, cada feriado em dias comerciais gera um prejuízo de R$ 2,46 bilhões ao varejo brasileiro. Próximo ano terá menos feriados nacionais caindo em dias úteis. Com menos feriados nacionais caindo em dias úteis em 2022, as perdas do comércio tendem a ser as menores em 8 anos, segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A CNC estima que o comércio varejista sofreu em 2021 um prejuízo de R$ 22,11 bilhões em razão dos feriados, enquanto que em 2022 o prejuízo para o setor é projetado em R$ 17,25 bilhões. Ou seja, uma redução de 22%.
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Prejuízo anual do comércio com feriados nacionais
Economia g1
Confirmada a projeção, será o menor prejuízo anual com feriados desde 2014, quando as perdas a preços atualizados foram estimadas em R$ 16,86 bilhões.
O cálculo leve em conta as perdas do setor por conta da queda no nível de atividade nos feriados e também a elevação dos custos de operação.
Pelas contas da CNC, cada feriado reduz a rentabilidade anual média do setor comercial como um todo em 1,29%. “Cada feriado em dias comerciais gera um prejuízo de R$ 2,46 bilhões ao varejo”, afirma a entidade.
Em 2022, serão 9 feriados nacionais e 5 pontos facultativos. O ano terá apenas um feriado nacional prolongado. Veja o calendário.
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“Ao contrário de 2021, no próximo ano, o Dia do Trabalhador e o Natal serão celebrados em domingos – dia não útil para o comércio. Além disso, o Dia da Confraternização Universal (1º de janeiro) cairá em um sábado – dia de expediente reduzido no varejo”, destaca a CNC.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, lembra que há dois lados da situação. “Apesar de favorecer atividades econômicas específicas, como as turísticas por exemplo, para boa parte dos demais setores da economia a maior incidência de feriados em dias úteis tende a gerar prejuízos, por conta da queda no nível de atividade ou pela elevação dos custos de operação”, destacou Tadros, no informe sobre a pesquisa.
Atividades mais impactadas
Segundo a CNC, as atividades com maior peso da folha de pagamentos tendem a ser as mais impactadas.
Juntos, os segmentos de hiper e supermercados (R$ 3,33 bilhões), de vestuário, calçados e acessórios (R$ 2,83 bilhões) e o comércio automotivo (R$ 2,63 bilhões) deverão responder por mais da metade (51%) das perdas previstas.
Segundo o levantamento, esses três segmentos concentram 55% da folha de pagamentos do comércio varejista brasileiro.
“Por mais que as vendas possam ser parcialmente compensadas nos dias imediatamente anteriores ou posteriores aos feriados em virtude do fechamento das lojas ou da diminuição no fluxo de consumidores, o peso relativamente elevado da folha de pagamentos na atividade comercial é a principal fonte dos prejuízos impostos pelos feriados, comprimindo as margens de operação do varejo”, explica a CNC.
A confederação observa, porém, que desde a aprovação da reforma trabalhista, a empresa não é mais obrigada a pagar em dobro a hora trabalhada em dias não úteis, podendo fazer a compensação por meio de banco de horas.
Considerando todos os setores da economia, a CNC estima que cada feriado nacional provoca um impacto de R$ 10,12 bilhões na geração do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a 0,12% do PIB.
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