Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento, declínio deverá ser sentido pelo consumidor do varejo. Produtos ainda estão mais caros que no mesmo período de 2020. Preço da batata caiu mais de 50% no Rio de Janeiro em fevereiro, segundo Conab.
Reprodução/TV TEM
Os preços da batata e do tomate caíram em fevereiro no setor atacadista, segundo dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quinta-feira (18). De acordo com a instituição, a tendência é de que o declínio nos valores continue acontecendo em março.
Apesar disso, os números observados em fevereiro ainda são superiores ao mesmo período do ano passado, ainda que inferiores ao de 2019.
Ao G1, a Conab informou que a queda irá ser sentida também pelo consumidor do varejo, porém não há ainda uma previsão para quando isto irá acontecer.
“O movimento de preços no atacado normalmente é uma prévia do que ocorrerá no varejo. O intervalo de tempo para o consumidor do varejo sentir as quedas de preços varia de cultura para cultura, mas geralmente ocorre”, declarou.
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Por que está mais barato?
A batata mais barata, que no Rio de Janeiro teve queda superior a 50% do preço, já era esperada, segundo a Conab. Isto porque, em janeiro, ocorreu uma interrupção das altas iniciadas em outubro do ano passado.
A companhia justifica a retração do tubérculo devido à maior oferta do produto no mercado, por causa da intensificação da safra.
Além disso, outro fator que pode ter influenciado este declínio é a baixa qualidade da batata.
“O ritmo de colheita foi prejudicado pelas constantes chuvas nas áreas produtoras e o excesso de umidade provocou perda na qualidade com consequente desvalorização da batata”, disse a Conab em nota.
Já o preço do tomate teve queda de 26% nos centros atacadistas de São Paulo. De acordo com a Conab, uma das razões para isso também foi a menor qualidade da fruta, que foi afetada pelas condições climáticas.
Outro motivo foi a oferta maior da safra de verão, somada a uma baixa demanda.
Além destes produtos, a maçã gala também está mais barata por causa do aumento da oferta, gerado pela maior colheita, e da demanda estável, ou seja, que não acompanhou a elevação da oferta.
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Por outro lado, a cebola continua com valores de comercialização em alta.
“A concentração da oferta no sul e a importação do bulbo favorecem o encarecimento do produto”, explicou a Conab.
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