Powell diz que aumento de juros não ocorrerá em breve thumbnail
Economia

Powell diz que aumento de juros não ocorrerá em breve

Presidente do banco central dos EUA também rejeitou sugestões de que a autoridade monetária possa começar a reduzir compras de títulos. Com a economia ainda longe de suas metas de inflação e emprego, é muito cedo para o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) discutir uma mudança no que diz respeito às compras mensais de títulos, afirmou o presidente do Fed, Jerome Powell, nesta quinta-feira (14).
“Agora não é a hora de estarmos falando sobre saída”, dos US$ 120 bilhões em títulos do governo que o Fed está adquirindo a cada mês, disse Powell em um simpósio online mediado pela Universidade de Princeton.
Jerome Powell, chairman do Federal Reserve, em foto de 31 de julho de 2019
Sarah Silbiger/Reuters
“Uma lição da crise financeira global é ter cuidado para não sair (de estímulos) muito cedo e, a propósito, tentar não falar sobre sair o tempo todo se estiver enviando esse sinal, porque os mercados estão ouvindo.”
Fed vê crescimento modesto, mas diz que otimismo é contido por aumento de casos de coronavírus
“A economia está longe de nossos objetivos… e estamos fortemente comprometidos… em usar nossas ferramentas de política monetária até que o trabalho esteja bem e verdadeiramente feito”, disse Powell, rejeitando recentes sugestões de alguns de seus colegas de que o Fed poderia considerar reduzir suas compras de títulos ainda neste ano.
A discussão do Fed sobre reduzir as compras de títulos após a crise financeira de 2007 a 2009 desencadeou, em um ponto, mudanças rápidas nos yields de títulos em todo o mundo, um “tantrum” que as autoridades do Fed desde então tem evitado ao sinalizarem quaisquer mudanças em relação à aquisição de ativos com bastante antecedência.
No mercado financeiro, “tantrum” é um termo usado em referência a uma violenta reação de investidores a mudanças em condições de liquidez e de estímulos. O episódio mais famoso, que ficou conhecido como “taper tantrum”, é de maio de 2013, quando os yields dos Treasuries dispararam após o Fed sinalizar redução de estímulos.
Powell prometeu que o Fed avisaria com bastante antecedência eventual redução das atuais compras de títulos.
Ele disse que o momento de se aumentar as taxas de juros também “não é em breve”, dada a profundidade dos problemas econômicos relacionados à pandemia, que ainda persistem.
Vídeos: Últimas notícias de economia

Tópicos