Ato ocorreu nesta sexta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente. Polícia Militar afirma que manifestantes ‘não tinham autorização para levantar estrutura’. Boneco inflável representa Bolsonaro com motosserra, sangue e gravata nas cores dos EUA
ASIBAMA-DF/Divulgação
Na data em que é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, nesta sexta-feira (5), a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) impediu que um grupo de ativistas inflasse um boneco que representava o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com uma motosserra, suja de sangue, usada como faixa presidencial. A manifestação ocorreu por volta das 12h, na Praça dos Três Poderes .
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Na caricatura, o presidente também usava uma gravata nas cores da bandeira dos Estados Unidos. Segundo Alexandre Gontijo, presidente da Associação dos Servidores Federais da Área Ambiental (Asibama-DF), o boneco era “um recado para mostrar o quanto é importante manter o meio ambiente preservado […] coisas que estão se perdendo nesse governo e não são prioridade”.
“Eles, equivocadamente acreditam que meio ambiente é entrave, mas não há desenvolvimento sem meio ambiente.”
Em nota, a Polícia Militar informou que “não impediu a manifestação”. O comunicado diz que “foi esclarecido que o boneco não poderia permanecer no local, visto que os manifestantes não possuíam autorização para levantar a estrutura”.
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Arquivo pessoal
O grupo saiu da Praça dos Três Poderes e voltou a inflar o boneco em frente ao Ministério do Meio Ambiente. Mas retirou-o, em seguida.
Ato pelo Meio Ambiente
No ato na Esplanda dos Ministérios, os manifestantes pediram a saída do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Uma das faixas continha dizeres como “Essa boiada não vai passar. Fora Salles”, em referência à declaração do ministro durante uma reunião no do dia 22 de abril (veja vídeo abaixo).
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À época, Salles alertou os ministros sobre o que considerava ser uma oportunidade trazida pela pandemia da Covid-19: para ele, o governo deveria aproveitar o momento em que o foco da sociedade e da mídia está voltada para o novo coronavírus para mudar regras que podem ser questionadas na Justiça.
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Boneco inflável com caricatura do presidente Bolsonaro
Marcus Oliveira/Asibama-DF
Depois da divulgação do vídeo, o ministro se justificou em uma rede social. “Sempre defendi desburocratizar e simplificar normas, em todas as áreas, com bom senso e tudo dentro da lei. O emaranhado de regras irracionais atrapalha investimentos, a geração de empregos e, portanto, o desenvolvimento sustentável no Brasil”, disse Salles.
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