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Economia

Plano de shoppings prevê volta parcial, sem cinemas, valet e evento de reabertura

Segundo associação, país tem 58 shoppings reabertos em 34 cidades de 9 estados. Na maioria dos estados, decretos proíbem ou restringem o funcionamento do comércio para conter o avanço da pandemia. Shopping de Natal funciona com serviços de delivery e drive thru durante pandemia
Divulgação
A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) anunciou nesta terça-feira (28) o modelo de protocolo a ser adotado pelos estabelecimentos nos locais em que a reabertura for autorizada pelas prefeituras e governos estaduais.
O plano prevê retomada parcial dos serviços e lojas, com exceção dos cinemas, entretenimento e atividades para crianças. A lista de 23 recomendações pede que os shoppings evitem oferecer o serviço de valet e também recomenda que os estabelecimentos não promovam evento de reabertura.
Na semana passada, a reabertura do shopping Neumarkt, em Blumeneu (SC) foi marcada por aglomeração de pessoas. Um vídeo mostrou as pessoas entrando no shopping com uma apresentação de um músico ao vivo e sendo aplaudidas por funcionários.
Embora diversos shoppings tenham retomado as atividades no país, qualquer decisão sobre reabertura ou flexibilização é do poder público, uma vez foram estados e prefeituras decidiram restringir o funcionamento do comércio para conter o avanço da Covid-19, após recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Definida pelo poder público a data para a reabertura dos shoppings, atuaremos com cautela, serenidade e responsabilidade”, afirmou a associação no documento, sem estimar, no entanto, uma data para a reabertura dos estabelecimentos.
58 shoppings reabertos no país
Segundo a Abrasce, o país já contabiliza 58 shoppings reabertos em 34 cidades de 9 estados. Na semana passada, ocorreram as primeiras reaberturas em 26 cidades. O país possui atualmente 577 centros de compras do gênero.
Segundo o balanço, o estado com o maior número de shoppings reabertos é Santa Catarina (23), seguido por Rio Grande do Sul (11), Paraná (7), Mato Grosso do Sul (4), Minas Gerais (4), Goiás (4), Mato Grosso (2), Rio de Janeiro (2) e Espírito Santo (1).
A portaria do governo que liberou a reabertura dos shoppings em Santa Catarina estabelece que os administradores são os responsáveis pelo controle do número de clientes no local. As regras também determinam que deve haver distância de 1,5 metro entre as pessoas e proíbem clientes de provar roupas, acessórios como bijuterias e calçados e cosméticos.
A expectativa do setor é que o número de estabelecimentos reabertos cresça nas próximas semanas por conta da suspensão ou não prorrogação de decretos publicados por prefeituras e governos estaduais proibindo o funcionamento do comércio em meio a pandemia de coronavírus.
Em São Paulo, o governador, João Doria (PSDB), anunciou que só a partir de 11 de maio será feito o relaxamento da quarentena no Estado, mas ainda não há uma data definida para reabertura de shoppings e afins.
A Federação das Associações Comerciais do Estado São Paulo (Facesp) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) divulgaram comunicado em que a reabertura parcial do comércio a partir do dia 1° de maio, antes do Dia das Mães.
Em meio a uma série de decretos determinando que os estabelecimentos comerciais permaneçam fechado, alguns shoppings têm adotado algumas alternativas para continuar operando. Em Natal, o Praia Shopping implementou um sistema de drive thru e reforçou o serviço de delivery.
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Plano de reabertura
Segundo a Abrasce, o protocolo de operações para o processo de reabertura dos shoppings foi “baseado em experiências internacionais, boas práticas de outros setores e recomendações de profissionais da saúde”.
Entre outras recomendações, o plano recomenda:
funcionamento em horário reduzido;
observar a separação e distanciamento das mesas, tanto das praças de alimentação como dentro dos próprios restaurantes, reduzindo o número de cadeiras;
Uso de máscaras por funcionários e lojistas;
home office para funcionários que estejam no grupo de risco;
uso de termômetros manuais para aferir temperatura de funcionários e clientes e identificar sintomas de gripe;
incentivar uso de máscaras pelos consumidores e frequentadores;
reforçar a frequência da higienização das áreas comuns e das superfícies de grande contato, como painel de elevadores, corrimãos e escadas rolante;
controlar o acesso de clientes estabelecendo e isolar áreas do shopping para dimensionar fluxo de pessoas;
reduzir as áreas de estacionamento para melhor coordenar o fluxo.
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