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PIB agropecuário deve crescer 3,2% em 2021, diz Ipea

Lavouras de soja e milho e pecuária beneficiarão alta. Já para este ano, expansão projetada recuou de 2% para 1,5%, com queda de 6,3% na produção de carne bovina. Para 2021, a projeção do Ipea é de crescimento de 3,2% no PIB da lavoura e 5% no da pecuária
Reuters/Amanda Perobelli
O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária deve ganhar força no próximo ano e crescer 3,2%, segundo estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada nesta terça-feira (25).
A projeção para 2020, no entanto, foi revista de 2% para 1,5%. Apesar da melhora das estimativas para a lavoura, de 3% para 3,6% em 2020, a pecuária deve recuar 2,8%, sobretudo devido à queda de 6,3% prevista para a produção de carne bovina.
Para 2021, a projeção do Ipea é de crescimento de 3,2% no PIB da lavoura e 5% no da pecuária. A produção de milho deve avançar 9,1% e a de soja, 10,5%, segundo previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Para a pecuária, a perspectiva é de recuperação em todos os segmentos – bovinos, frango, suínos, leite e ovos –, liderados pelo crescimento de 6,3% da carne bovina.
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Lavouras em 2020
O desempenho para o PIB agropecuário 2020, deve ser sustentado principalmente pela lavoura. Destaque este ano para o crescimento da produção de soja (5,9%), arroz (7,3%), trigo (41,0%), cana-de-açúcar (2,4%) e café (18,2%), de acordo com Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (do IBGE).
Entre os componentes da pecuária, carne suína e ovos devem contribuir para o crescimento estimado, com 5,2% e 2,8%, respectivamente.
De janeiro a julho, as exportações brasileiras cresceram 11% em valor em comparação com o mesmo período do ano anterior. Carne suína (162%), complexo sucroalcooleiro (59,1%), produtos de soja (30,6%) e carne bovina (161,1%) foram os destaques. Quanto às importações, os dez principais produtos agropecuários importados pelo Brasil apresentaram queda de 9% no valor diante de 2019 – o resultado foi puxado por salmão (-35%), malte (-15%) e alho (-13%).
Crédito Rural
Com relação ao crédito rural, a análise do Ipea conclui que as condições de juros, inadimplência e prazo se mantiveram favoráveis para a próxima safra, especialmente para o pequeno e médio produtor, apesar do cenário de maior incerteza econômica devido à pandemia.
O volume de crédito contratado em julho – primeiro mês do Plano Safra 2020/2021 – alcançou R$ 23,9 bilhões, 48,8% a mais em relação a julho do ano passado. Os dados apontam para a continuidade de expansão do crédito, de maneira sólida e sustentável, com destaque para o crédito de custeio nos próximos meses.

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