Pedido foi apresentado por parlamentares. PGR diz que cabe ao órgão esse tipo de ação. Salles responde a inquérito por suposta tentativa de atrapalhar investigações; ele nega. Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles
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A Procuradoria Geral da República (PGR) defendeu nesta quinta-feira (10) no Supremo Tribunal Federal (STF) a rejeição de um pedido de afastamento do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
O pedido foi apresentado por parlamentares de oposição. Na manifestação enviada ao STF, a PGR argumentou que esse tipo de ação cabe somente à própria Procuradoria.
Salles é alvo de um inquérito aberto pelo Supremo a pedido da PGR. O Ministério Público apura a suposta tentativa do ministro do Meio Ambiente de atrapalhar investigações sobre a maior apreensão de madeira da história. Ele nega a acusação (veja detalhes do inquérito no vídeo mais abaixo).
O pedido de afastamento foi apresentado pela oposição em maio, após a Polícia Federal ter deflagrado a Operação Akuanduba, que investiga a suspeita de facilitação da exportação ilegal de madeira para Estados Unidos e Europa.
A operação fora autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Na ocasião, foram afastados do cargo o presidente do Ibama, Eduardo Bim, e outros nove agentes públicos que ocupavam cargos e funções de confiança nos órgãos.
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Argumentos da PGR
Na manifestação enviada ao Supremo, o vice-procurador-geral da República Humberto Jacques de Medeiros argumentou que, em investigações na esfera penal, terceiros não podem formular pedidos que dependem de autorização judicial.
Argumenta que a medida é atribuição do Ministério Público, ao qual cabe posteriormente formular uma denúncia, se entender que há elementos para isso.
A PGR ressaltou ainda que Salles informou ao STF no último dia 7 que entregou o celular e permitiu a perícia no aparelho.
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