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PF vai à casa de Carlos Wizard para cumprir condução coercitiva, mas não encontra empresário

CPI da Covid: saiba quem é Carlos Wizard e por que foi convocado
Equipes da Polícia Federal compareceram ao endereço de Carlos Wizard em Campinas (SP), nesta quinta-feira (18), para cumprir a condução coercitiva e levar o empresário para depor na CPI da Covid. Segundo relatório da PF obtido pelo blog, no entanto, Wizard não foi encontrado.
“Foi diligenciado ao endereço de CARLOS, sendo que ninguém atendeu ao interfone, mesmo após insistentes tentativas. Porém, quando a equipe estava deixando o local, um indivíduo saiu do imóvel de nº 340 da mesma rua, dirigindo o veículo (…) registrado em nome de PRISCILA ROBERTA MARTINS BERTANI, filha de Carlos Roberto Martins), informando se chamar “JOÃO” e ser funcionário do imóvel em questão (340)”, descrevem os policiais.
“Ao ser questionado, [João] informou que não vê CARLOS há bastante tempo, mas não prestou maiores informações.”
A Polícia Federal informa no documento que em seguida foi a um endereço comercial, onde ouviu de uma funcionária das filhas de Carlos Wizard que o empresário estava fora do Brasil. Em consulta no sistema de migrações, a PF diz ter confirmado a informação de que Wizard saiu do país em 30 de março.
“Foi verificado no sistema migratório que CARLOS teve como última movimentação migratória a saída do Brasil no dia 30/03/2021, às 08h33min, pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos/SP, em voo com destino à Cidade do México, no México, não constando movimento migratório de retorno, motivo pelo qual as informações obtidas nos locais objeto de diligência são verossímeis”, diz o relatório.
Ana Flor: CPI protocolou pedido de condução coercitiva de Carlos Wizard
Além da condução coercitiva, a CPI da Covid também pediu à Justiça que o passaporte de Carlos Wizard seja apreendido tão logo o empresário retorne ao Brasil. Até as 15h30 desta sexta, no entanto, ainda não havia decisão judicial a esse respeito.
Wizard foi convocado a depor à CPI como testemunha, e é apontado como um dos supostos integrantes do “gabinete paralelo” que aconselhava Jair Bolsonaro a defender medidas ineficazes no combate à pandemia. O empresário chegou a pedir para ser ouvido de forma remota, mas a CPI rejeitou essa possibilidade.
Nesta sexta, o relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), transformou em investigados Wizard e outras 13 pessoas.
Intimação recusada
Os documentos obtidos pelo blog incluem ainda informações sobre outro problema citado pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM): o fato de a intimação a Carlos Wizard constar no sistema dos Correios como entregue e, em seguida, recusada.
Segundo relatório da assessoria parlamentar dos Correios destinado à CPI, houve essa confusão nos registros porque, junto à intimação, o carteiro entregou outro objeto na casa de Carlos Wizard.
O recebedor das encomendas, identificado pelos Correios como Marcelo Roque, aceitou o outro objeto, mas se recusou a pegar a intimação da CPI – o que fez o carteiro envolvido no caso atualizar o registro.
“Diante da analise ora apresentada, não identificamos nenhuma conduta considera irregular”, diz o relatório.
O registro do sistema de rastreamento dos Correios (veja foto abaixo) também mostra as duas situações – há a informação de entrega às 13:32 do dia 11 de junho e, um minuto depois, a informação de que o “cliente recusou-se a receber o objeto”.
Registro dos Correios indica que entrega foi recebida e, em seguida, que foi recusada
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