Criminosos teriam feito transferências de créditos virtuais pelo sistema oficial do Ibama. Produtos florestais beneficiados por serrarias de Extrema vinham de áreas protegidas, aponta investigação. Em operação, PF cumpre mandados de busca e sequestro de bens em Rondônia.
Divulgação/PF
Policiais federais cumpriram 15 mandados de busca e apreensão e outros 15 de bloqueio e sequestro de bens contra suspeitos de extrair e vender madeira ilegal, em Rondônia, na Operação Ninametsa, deflagrada na manhã desta quarta-feira (3). Não houve flagrantes.
O objetivo da ação é desarticular uma organização criminosa que fazia, além da prática de extração e comercialização ilegal de madeira, transferências de créditos virtuais pelo sistema oficial do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Os mandados foram cumpridos em Ariquemes (RO), Porto Velho, e no distrito de Extrema e Candeias do Jamari, região metropolitana da capital. Documentos, celulares e outras mídias digitais foram apreendidos. Os trabalhos integram o conjunto de ações da Operação Verde Brasil 2.
Policiais foram às ruas para cumprimento de mandados da Operação Ninametsa em Rondônia.
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Conforme a PF, as investigação começaram após o recebimento de denúncias e relatórios de fiscalização dos órgãos ambientais, bem como informações das Operações Deflorest 1 e 2.
Os investigadores descobriram a prática de extração ilegal de madeira em uma área de preservação na região da Ponta do Abunã, mais específico na Terra Indígena Kaxararí.
A PF identificou madeireiras que teriam criado uma estrutura para retirada ilegal de madeira, praticado falsificação de créditos florestais, além de lavagem de dinheiro.
Operação Ninametsa foi deflagrada nesta quarta-feira (3) em Rondônia.
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As investigações apontaram também que os produtos florestais beneficiados por serrarias em Extrema eram oriundos de áreas protegidas. Na sequência, eram vendidos com base no Documento de Origem Florestal (DOF), onde constavam informações falsas sobre a origem da madeira.
Os indiciados serão interrogados e responderão por crimes de organização criminosa, extração ilegal de madeira, falsidade ideológica, inserção de dados falsos e lavagem de capitais.
O nome Ninametsa tem origem na língua indígena karaxarí e significa “bosque/mata”, em português.
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