A Polícia Federal (PF) finaliza nesta quinta-feira (21/11) o chamado “inquérito do golpe”, que apura as tentativas de subverter o resultado das eleições presidenciais de 2022. O relatório, com mais de 700 páginas, deve apontar a responsabilidade de cerca de 40 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, os generais Braga Netto e Augusto Heleno, além de Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin.
Crimes investigados e lista de indiciados
Os crimes atribuídos aos indiciados incluem:
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
Organização criminosa
O inquérito, que está sob sigilo, será encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A expectativa é que o relatório inclua militares, figuras políticas e ex-assessores do governo Bolsonaro.
Principais pontos de investigação
A PF investigou:
Tentativas de golpe de Estado , especialmente após o resultado das eleições de 2022.
Uso da estrutura pública para obter vantagens ilícitas , como na disseminação de desinformação sobre o processo eleitoral e ataques às urnas eletrônicas.
Ataques virtuais a opositores e às instituições democráticas , fomentando a instabilidade política.
Implicações políticas
Este é um dos maiores inquéritos da história recente do Brasil, envolvendo altos escalões do governo anterior e militares de alta patente. A conclusão pode representar um marco no enfrentamento de ameaças à democracia no país.
O envio do relatório ao STF abre caminho para novas ações judiciais e reforça a atuação da PF em desmantelar organizações que planejaram atos antidemocráticos. O estágio deste caso será decisivo para o futuro político de Bolsonaro e de seus aliados mais próximos.
Fonte:Metrópoles
Foto:Diario de Pernambuco
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