Para especialistas, cortes na produção estão ajudando a estabilizar movimento de queda. Os contratos futuros do petróleo fecharam sem direção única nesta sexta-feira (1º), mas anotaram a primeira semana de ganhos após três perdas semanais consecutivas.
O contrato do petróleo Brent para julho fechou em queda de 0,15%, a US$ 26,44 por barril na ICE, em Londres, enquanto o do WTI para junhos subiu 4,98%, a US$ 19,78 por barril na Bolsa de Mercadorias de Nova York.
Campo terrestre de exploração de petróleo da Petrobras no Nordeste
Divulgação
Na semana, o contrato do Brent avançou quase 5%, enquanto o do WTI anotou ganhos de quase 15%. O petróleo tem recuado nas últimas semanas, em meio aos receios com o esgotamento da capacidade de armazenamento da commodity nos EUA, com a forte queda da demanda gerada pela crise.
“Estamos vendo as mínimas para os preços do petróleo”, disse Edward Moya, da Oanda. “Os preços do petróleo estão se firmando, conforme os esforços de corte de produção se intensificam ao mesmo tempo em que surgem alguns sinais de que a economia está começando a reabrir na Europa e nos EUA”.
A volatilidade tem sido uma variável constante nas negociações dos contratos futuros do petróleo e esse cenário deve se manter. A expectativa de que economias importantes na Europa sejam reabertas após as medidas de bloqueio necessárias para contenção do coronavírus, junto com sinais de recuperação na China e na Ásia, ajudam nas perspectivas de que parte da demanda seja retomada.
Contudo, ainda pairam sérias dúvidas sobre se os cortes recentes estabelecidos pelos países produtores de petróleo serão suficientes para reequilibrar a desequilibrada relação atualmente entre oferta e procura.
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