A negociação sobre o pacote de estímulos fiscais nos EUA foi o que mais atraiu a atenção dos investidores nesta quinta. Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira (22), revertendo parte das perdas acentuadas da sessão de ontem, com os investidores atentos ainda às negociações de estímulos fiscais nos Estados Unidos.
O contrato do petróleo Brent para dezembro fechou em alta de 1,74%, a US$ 42,46 por barril, na ICE, em Londres, revertendo menos da metade da queda de ontem, quando o contrato recuou 4,00%. Já o contrato do WTI para o mesmo mês subiu 1,52%, a US$ 40,64 por barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York, também revertendo menos da metade das perdas de 3,31% de quarta (21).
Campo de exploração de petróleo no RN
Getúlio Moura/Petrobras/Divulgação
“Os preços do petróleo caíram por causa das preocupações com as condições de mercado. O ressurgimento da pandemia na Europa e o retorno um tanto surpreendentemente rápido das exportações da Líbia, provavelmente, estão desacelerando o processo de normalização”, afirmou, em nota, o chefe de pesquisa econômica do Julius Baer, Norbert Rücker.
“Dito isso, a produção continua restrita, o estoque está visivelmente diminuindo e a demanda está se recuperando globalmente. Reduzimos nossas previsões ligeiramente para refletir que o mercado está fazendo uma pausa temporária no caminho de volta ao normal”, acrescentou.
Hoje, o petróleo acompanhou uma melhora do humor dos investidores, depois que a presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, afirmou que os democratas e a Casa Branca estão “quase lá” nas negociações sobre novos estímulos fiscais às empresas e famílias americanas e que houve progresso durante toda a semana.
O otimismo com a recuperação econômica também recebeu algum suporte do dado melhor do que o esperado do mercado de trabalho americano. Mais cedo, o Departamento do Trabalho dos EUA reportou que o número de novos pedidos de seguro-desemprego no país caiu a 787 mil na semana passada.
O dado ficou bem abaixo da expectativa dos economistas consultados pelo “Wall Street Journal”, que esperavam 875 mil pedidos, mas não foi suficiente para impulsionar os contratos futuros a terreno positivo.
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