No Brasil, nas últimas horas, repercute a queda do preço do petróleo Brent, vendido ontem abaixo de US$ 100 dólares no mercado internacional. Logo, surgiram pressões para que essa queda possa reduzir o preço dos combustíveis pela Petrobras.
Especialistas explicam que o reflexo é lento, até mesmo porque o petróleo pode oscilar para cima a qualquer momento, a depender da guerra.
Com a queda recente do petróleo, o diesel está 6% mais caro no Brasil que no Golfo do México, o que significa uma diferença de R$ 0,27.
Já a gasolina está na paridade internacional. O combustível no mercado interno está 1% mais barato ou R$ 0,05. Os dados são da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom)
A cotação do barril tipo Brent caiu 6,54% na bolsa de Londres, a US$ 99,91. No mercado americano, o WTI recuou 1,24%, para US$ 95,24
Na semana passada, o preço do barril chegou a ultrapassar US$ 130. E a defasagem média chegou a 30% na gasolina e, no diesel, a 40%, inviabilizando as importações e colocando em risco o abastecimento.
Presidente Bolsonaro voltou a pressionar a Petrobras.. “Estamos tendo notícia de que o preço do petróleo tem caído bastante. A gente espera que a Petrobras acompanhe o preço lá fora”, disse.
Fontes ligadas à Petrobras dizem que a estatal não vai reduzir os preços imediatamente e pretende aguardar pelo menos até a próxima semana.
Presidente da Petrobras, Luna e Silva, dá indicação de que decidiu permanecer no cargo, resistindo às pressões.
APOSENTADOS – Governo Federal anunciou ontem a liberação, em abril e maio, das parcelas dos aposentados e pensionistas relativas ao 13%.
Vai liberar também parcela do FGTS.
UCRÂNIA – Negociações entre representantes da Ucrânia e da Rússia praticamente não têm avanço.
Confirmada a viagem do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, à Europa.
Ele participará de reunião emergencial da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Bruxelas, no dia 24.
A Ucrânia faz indicações de que a entrada na Otan está descartada, o que pode influir nas negociações de paz e precisa ser oficializado. Enquanto isso, os bombardeios não se reduzem em diversas cidades.
Consta que mais de três milhões de ucranianos já deixaram o país, tornando-se refugiados de guerra.
JUROS – Hoje à noite o Banco Central anuncia a decisão do Copom sobre a taxa de juros Selic, que pode aumentar para 1,75% ao ano, segundo a última visão dos especialistas financeiros.
MUNDO – Novos casos de Covid-19 aumentaram em muitos países. A Alemanha registrou nesta terça-feira (15) 203 mortes.
Na China, 30 milhões de pessoas foram confinadas. Nas últimas 24 horas, 5.280 casos foram notificados.
ENDEMIA – Possibilidade de o Brasil flexibilizar o estado de emergência sanitária foi assunto de reunião entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
“Diante da sinalização, manifestei ao ministro preocupação com a nova onda do vírus, vista nos últimos dias na China. Mas me comprometi a levar a discussão aos líderes do Senado”, explicou Pacheco.
Queiroga, que na semana passada encontrou o presidente da Câmara, Arthur Lira, também deve se reunir com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Luiz Fux.
DELTACRON – No Twitter, Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, busca tranquilizar os brasileiros sobre o anúncio de dois casos confirmados, no Amazonas e Amapá, da variante deltacron, resultante da delta e da ômicron.
Essa cepa foi identificada pela primeira vez na França.
Segundo o Ministro, o sequenciamento total do vírus deve ser finalizado nos próximos dias pelo laboratório de referência nacional da Fiocruz.
Ele orienta a população a buscar a dose de reforço da vacinação.
No Brasil, média de mortes cai para 393.
CULTURA – Senado aprovou projeto que prevê apoio financeiro de R$ 3,8 bilhões ao setor cultural com verbas repassadas pela União.
A proposta foi apelidada de Lei Paulo Gustavo, em homenagem ao humorista falecido. A matéria segue para sanção presidencial e pode ser vetada.
O projeto altera a Lei de Responsabilidade Fiscal para permitir essa despesa.
Do total, R$ 2,79 bilhões deverão ser destinados para ações no setor audiovisual e R$ 1,06 bilhão para ações emergenciais no setor cultural por meio de editais, chamadas públicas, prêmios, aquisição de bens e serviços vinculados ao setor.
IOF – Redução gradual do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o câmbio foi oficializada pelo Presidente Bolsonaro. Ele assinou decreto com a redução escalonada do tributo, que será diminuído em etapas, até ser zerado em 2028.
A extinção do IOF sobre operações cambiais é uma das exigências para o país integrar a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
BENEFÍCIO RURAL – Produtores rurais passarão a ter menos burocracia na hora de fornecer garantias para operações financeiras. Além disso, um novo marco legal pretende reduzir o risco na conversão de dívidas em títulos privados.
As novidades constam de duas Medidas Provisórias (MP).
A primeira aperfeiçoa as regras das garantias rurais. A segunda cria o Novo Marco da Securitização, atualizando regras anteriormente dispersas em vários tipos de legislação.
GRIPE – Ministério da Saúde inicia em 4 de abril a campanha nacional de vacinação contra a gripe. A meta é imunizar 76,5 milhões de pessoas até 3 de junho.
Oitenta milhões de doses da vacina Influenza trivalente, produzidas pelo Instituto Butantan, estarão disponíveis no SUS.
AGENDA – Presidente Bolsonaro está hoje em Salvador, onde participa de manhã de solenidade do Senai Cimatec.
À tarde, participa de lançamento da Pedra Fundamental da Nova Unidade de Bioimagem das Obras Sociais Irmã Dulce.
ECONOMIA – Dólar fechou a R$ 5,159, com alta de 0,76%.
Índice Ibovespa, da Bolsa de Valores, caiu pela terceira vez seguida. Fechou aos 108.959 pontos, com recuo de 0,88%.
Por RENATO RIELLA
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