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Petrobras vence leilões para fornecer energia de usina termelétrica para RJ, MA e PA

Contratos têm duração de 15 anos. Principal objetivo dos leilões foi permitir que distribuidoras pudessem fechar novos contratos no lugar dos que estão perto de acabar. Sede da Petrobras no Rio de Janeiro
Daniel Silveira/G1
A Petrobras venceu nesta sexta-feira (25) dois leilões para fornecer energia da usina termelétrica de Cubatão (SP) para as distribuidoras Light, no Rio de Janeiro, e Equatorial Energia, no Maranhão e no Pará.
Principal objetivo dos leilões foi permitir que distribuidoras pudessem fechar novos contratos no lugar dos que estão perto de acabar.
Nos últimos anos, o governo aumentou os leilões para contratação de usinas termelétricas. A energia produzida por essas usinas, contudo, é mais cara se comprada a hidrelétricas, solares e eólicas (leia detalhes mais abaixo).
Os leilões:
Leilões vencidos pela Petrobras
Custos
No leilão A-4, a Petrobras venderá energia pelo preço médio de R$ 151,15 por megawatt/hora (MWh). O valor é 52,47% menor em relação ao preço-teto inicial (R$ 318).
No leilão A-5, o preço de venda foi de R$ 172,39 por MWh, o que representa deságio de 45,79% em relação ao preço-teto. Em leilões de energia, vence quem oferece o menor preço.
Nos dois leilões, o preço da energia contratada ficou abaixo do praticado atualmente: média de R$ 350.
“O custo de venda de energia dessa usina caiu em torno de 50%. É um ganho muito grande para todo o sistema [elétrico]”, afirmou Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A CCEE é a responsável por realizar os leilões de energia, com coordenação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que segue as diretrizes estabelecidas pelo governo.
Patrus Pimenta, secretário-executivo da Aneel, afirma não ser possível dizer, no momento, o impacto para o consumidor. No entanto, disse que haverá redução do custo, já que a energia contratada foi mais barata.
Termelétricas
Nos últimos anos, o governo tem aumentado os leilões de energia para contratação de usinas termelétricas. O objetivo é dar mais segurança à matriz energética brasileira, já que as usinas térmicas não são afetadas por condições climáticas.
Porém, são mais caras e mais poluentes se comparadas às usinas hidrelétricas, solares e eólicas.
As usinas térmicas respondem por 23% da geração de energia do país. As hidrelétricas, 61%. Já as usinas solares e eólicas têm participação, juntas, de 15%. As usinas nucleares, 1%.

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