Produção do pré-sal alcançou 1,96 milhão de barris de óleo equivalente (boed) — 70% do total da companhia, um percentual recorde.
Sede da Petrobras, localizada na Avenida Chile, no Centro do Rio de Janeiro, passará pela sua primeira reforma completa desde que foi inaugurado, no começo dos anos 1970
André Motta de Souza / Agência Petrobras
A produção de petróleo da Petrobras no Brasil somou 2,226 milhões de barris por dia (bpd) no segundo trimestre, queda de 0,8% em relação a um ano antes, em meio a um declínio natural de campos e desinvestimentos realizados, apesar do avanço no pré-sal, segundo relatório da companhia publicado nesta quinta-feira (22).
Na comparação com o primeiro trimestre, no entanto, a produção da companhia cresceu 1,4%, principalmente pelo aumento da produção das plataformas novas P-68, no campo de Berbigão, e P-70, no campo de Atapu, ambas do pré-sal da Bacia de Santos, segundo a empresa.
No primeiro trimestre deste ano, a produção de petróleo da empresa já havia recuado na comparação anual, devido a vendas de ativos e declínio natural de campos maduros.
A produção de petróleo no pré-sal cresceu 6,1% no segundo trimestre na comparação com o mesmo período do ano anterior, e subiu 3,4% em relação ao primeiro trimestre, devido à alavancagem das plataformas P-68 e P-70, e à estabilização dos níveis de produção das plataformas que realizaram paradas programadas no primeiro trimestre, segundo a empresa.
“Além disso, registramos melhor performance nas plataformas P-74 e P-76 (campo de Búzios). Esses efeitos foram parcialmente compensados pela parada programada da P-58 (campo de Jubarte).”
A produção total de petróleo e gás natural, no Brasil e no exterior, por sua vez, somou 2,796 milhões de barris de óleo equivalente ao dia (boed) entre abril e junho, queda de 0,2% ante um ano antes e avanço de 1,1% ante os três primeiros meses do ano.
A produção do pré-sal alcançou 1,96 milhão de barris de óleo equivalente (boed), representando 70% da produção total da companhia, um percentual recorde.
Exportações e importações de petróleo
As exportações de petróleo subiram 45,4% no segundo trimestre versus o trimestre anterior e avançaram 8% na comparação com um ano antes, para 743 mil barris por dia, em meio a uma menor carga nas refinarias devido a manutenções neste trimestre.
“As importações de diesel aumentaram no segundo trimestre também pelas paradas programadas, além do aumento das vendas no mercado doméstico”, disse a empresa.
A empresa importou 120 mil barris por dia de diesel, alta de 71,4% em relação ao trimestre passado. No segundo trimestre de 2020, a empresa não realizou compras externas do combustível fóssil.
“O maior volume de importação de diesel contribuiu para o aumento das vendas da Petrobras no Brasil, mesmo sem crescimento da produção de diesel entre os trimestres, devido às paradas nas refinarias.”
Vendas internas
As vendas de derivados do petróleo no mercado interno somaram 1,759 milhão de barris por dia no segundo trimestre, alta de 17,7% em relação ao mesmo período do ano passado e avanço de 5,5% na comparação com o segundo trimestre de 2020.
A comercialização do diesel no Brasil, por sua vez, foi de 815 mil barris por dia, alta de 28,8% na comparação com um ano antes e avanço de 11,4% ante os três primeiros meses deste ano.
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