Uma pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (4) revelou que o pacote fiscal apresentado pelo governo federal foi considerado “nada satisfatório” por 58% dos economistas de fundos de investimento entrevistados. O levantamento, que ouviu 105 profissionais de São Paulo e do Rio de Janeiro, reflete a reação negativa do mercado em relação às propostas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Resultados da pesquisa
58% consideram o pacote “nada satisfatório”;
42% avaliam como “pouco satisfatório”;
0% o classificaram como “muito satisfatório”.
Sobre o impacto nas operações financeiras:
67% dos entrevistados pretendem aumentar investimentos no exterior;
30% afirmaram que manterão as posições;
Apenas 3% pretendem diminuir essas operações.
Além disso, 47% dos economistas afirmaram que deixarão de comprar títulos brasileiros após o anúncio do pacote fiscal.
Detalhes do pacote fiscal
Apresentado por Haddad em 27 de novembro, o pacote inclui medidas para controlar gastos públicos e contempla uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: a isenção do Imposto de Renda para rendas até R$ 5 mil mensais. As medidas preveem uma economia de R$ 70 bilhões em dois anos, reforçando, segundo o ministro, o compromisso do governo com a sustentabilidade fiscal.
Entre os principais pontos criticados pelo mercado estão:
Timidez nos cortes de gastos públicos;
A apresentação “casada” de alterações na tabela do IR, que pode pressionar a arrecadação.
Próximos passos e desafios
O pacote ainda depende de aprovação no Congresso Nacional, onde enfrenta um calendário legislativo apertado e outras pautas prioritárias. Haddad afirmou estar otimista quanto à tramitação, mas reconheceu a complexidade do cenário.
Reações e contexto
O resultado da pesquisa reflete uma desconfiança do mercado em relação à eficácia do plano, especialmente considerando os desafios fiscais do Brasil. A pressão por uma gestão responsável dos gastos e a expectativa por medidas mais robustas de corte fiscal permanecem como os principais pontos de atenção dos investidores.
Fonte:CNN Brasil
Foto:Portal Acionista
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