PAULO GUEDES SE FORTALECE E DEVE TRANQUILIZAR O MERCADO
A mídia tradicional passou o dia de ontem criando a falsa impressão de que o Ministro Paulo Guedes, da Economia, estaria saindo do Governo.
No entanto, a Agenda Presidencial, oficial, revelava que ele teria uma segunda-feira intensa no Palácio do Planalto, reunindo-se com o Presidente Bolsonaro e com ministros. O que de fato aconteceu, em plena normalidade, como previu este Informe que distribuo no início do dia.
O mercado se abalou com a atuação intensa dos especuladores. . O dólar chegou a R$ 5,50 e a Bolsa caiu abaixo dos 100 mil pontos, contrariando a tendência das últimas semanas.
Tudo indica que hoje haverá normalização, porque Paulo Guedes se fortaleceu.
Bolsonaro confirmou isso no fim do dia, ao reafirmar que o Ministro da Economia só sai do governo quando ele próprio sair.
INVESTIMENTOS – O Ministro da Economia declarou que o Governo vai fazer remanejamento de recursos, criando condições para investimentos públicos sem “furar” o teto de gastos.
Ele fez reunião com o Senador Márcio Bittar, relator do Orçamento Geral da União de 2021.
O Presidente Bolsonaro pediu a Guedes investimentos sem ferir o limite de despesas previsto no teto de gastos, principal âncora fiscal do governo.
EQUIPE – A incerteza sobre o Ministro Paulo Guedes foi fortalecida pelo anúncio de que o subsecretário de Política Macroeconômica do Ministério da Economia, Vladimir Kuhl Teles, deixará o cargo.
No entanto, essas substituições estão sendo feitas com naturalidade, com nomes indicados pelo próprio Ministro.
PIB – A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano foi ajustada para 5,52%.
Há sete semanas, a estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB), no boletim Focus do Banco Central, fica mais favorável, embora ainda elevada.
Vale lembrar que a previsão do Ministério da Economia é mais otimista, prevendo a queda do PIB este ano em 4,6%, o que é um bom resultado, se comparado com a maioria das grandes nações.
Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 3,50%.
INFLAÇÃO – As instituições financeiras consultadas pelo BC ajustaram a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), prevendo inflação oficial de 1,67% neste ano.
Para 2021, a estimativa de inflação permanece em 3%.
IMPOSTO – Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, defendeu a criação de um imposto que atinja todo o comércio eletrônico, como propõe o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Disse que algumas plataformas de músicas e filmes faturam bilhões de reais e não sofrem tributação.
Segundo ele, a ampliação da base de tributação pode reduzir o peso de outros tributos. Defendeu a redistribuição da carga entre os setores da economia.
Hoje, de acordo com a CNI, a indústria representa 21% do Produto Interno Bruto, mas paga 33% da arrecadação federal e 41%, da estadual.
BRASIL – São 108.536 mortes pela covid-19 no Brasil, com 684 novos óbitos ontem.
Nos últimos seis dias, as mortes ficaram abaixo de mil, o que parece ser evolução nesse processo.
Os estados com mais mortes são: São Paulo (26.899), Rio de Janeiro (14.566), Ceará (8.163), Pernambuco (7.210) e Pará (5.945).
As unidades da Federação com menos óbitos são Tocantins (516), Roraima (568), Acre (582), Amapá (617) e Mato Grosso do Sul (640).
ÔNIBUS – Câmara dos Deputados deve votar hoje o projeto de lei 3.364/20), que concede ajuda de R$ 4 bilhões ao serviço de transporte coletivo de capitais e grandes cidades, em decorrência da crise provocada pela pandemia.
DALLAGNOL – Ministro Celso de Mello (STF) decidiu suspender dois processos do Conselho Nacional do Ministério Público que podem tirar o procurador Deltan Dallagnol da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba.
Os casos estavam previstos para serem julgadas hoje.
VIAGEM – Presidente Bolsonaro passa o dia hoje em Mato Grosso do Sul, onde inaugura a Estação Radar de Corumbá e depois visita as instalações militares do 9º GAC (Grupo Major Cantuária).
CORREIOS – Funcionários dos Correios estão em greve.
Sindicalistas reclamam da dificuldade de negociação das cláusulas trabalhistas e também da falta de cuidados preventivos contra a covid-19.
Há esperança de que, de acordo com a lei, sejam mantidos 30% dos serviços em funcionamento.
ECONOMIA – Dólar atingiu ontem R$ 5,496, com alta de R$ 0,068 (+1,26%).
O Ibovespa perdeu os 100 mil pontos e fechou aos 99.595 pontos, com recuo de 1,73%.
Comentar