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OPINIÃO: A lição de David

EVERARDO MACIEL

Há muito estudo e faço observações in loco sobre a complexa e controversa geopolítica do Oriente Médio, embora nem por um átimo me considere um especialista na matéria.

Creio que não é momento de dizer o que penso sobre um assunto permeado por muita ignorância e emoção. Prefiro continuar observando a evolução dos acontecimentos.

A infame e atroz agressão terrorista do Hamas permitiu, por via tortuosa, evidenciar alguns fatos relevantes. É impressionante o sentimento de unidade nacional em Israel, capaz de sobrestar divergências políticas, por mais fortes que sejam.

Impressiona, também, o nível intelectual do homem comum, como se constata nos depoimentos dos soldados que integram as Forças de Defesa de Israel.

Quando comparo essa realidade com a brasileira, sou tomado por um insanável desânimo com nosso futuro.

Em outra perspectiva, a incapacidade dos serviços de inteligência e defesa de Israel em prever e reagir à agressão terrorista demonstra, mais uma vez, que nenhum sistema é invulnerável.

Como ensinava o sábio chinês Sun Tzu (A Arte da Guerra), há 2.500 anos, em uma guerra é erro fatal subestimar o inimigo.

Quando Secretário da Receita, concebi um sistema aplicável às importações que reunia o que melhor existia de TI e inteligência artificial. Anunciei o fim das fraudes.

Em 15 dias, o sistema foi atingido por uma fraude. Lembrei-me que, conforme a narrativa bíblica, o que fez David derrotar o gigante Golias não foi uma bomba atômica, mas uma pedrada. Uma lição para minha circunstancial arrogância.

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