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ONGs que cuidam de animais de rua no Afeganistão tentam tirar cães e gatos do país antes do prazo de 31 de agosto

Grupos que cuidam de animais no Afeganistão tentam tirar tanto os próprios funcionários como os cães e gatos que estão sob seus cuidados antes do dia 31 de agosto. Imagem sem data de um perfil em uma rede social da organização Kabul Small Animal Rescue
Reprodução/Facebook
Duas organizações não-governamentais de Cabul, no Afeganistão, tentam levantar dinheiro e encontrar uma maneira de retirar centenas de gatos e cachorros do país até o dia 31 de agosto, data limite estabelecida pelo Talibã para a retirada dos soldados dos Estados Unidos e outros países que formaram uma coalizão militar que esteve no país durante 20 anos.
A ONG, a Kabul Small Animal Rescue, tenta juntar US$ 1,5 milhão para tirar seus funcionários e cerca de 200 cães e gatos do Afeganistão, de acordo com um texto da National Public Radio, dos Estados Unidos.
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A entidade tem uma diretora nos EUA, Charlotte Maxwell-Jones, que afirma que não sabe se será possível sair do país depois do dia 31 de agosto.
Imagem sem data de alguns dos animais do Kabul Small Animal Rescue publicada em um perfil de rede social do grupo
Reprodução/Facebook
Eles ainda precisam de caixas para levar 120 cachorros e 100 gatos e, além disso, os vistos e autorizações para conseguir levar os animais a um outro país.
Maxwell-Jones afirmou que eles já haviam levantado US$ 700 mil (R$ 3,7 milhões, na cotação atual) até terça-feira (24).
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Os preços para viajar, no entanto, estão cada vez mais altos. Ela afirmou que um voo em um avião de carga para a Jordânia custava US$ 300 mil (R$ 1,6 milhão) há alguns dias, mas hoje é cotado em US$ 800 mil (R$ 4,2 milhões).
Operação Arca de Noé
Uma outra organização, o Abrigo Nowzad, também corre para retirar seus funcionários e os animais que estão sob seus cuidados no Afeganistão.
A organização é de um ex-soldado do exército britânico, Paul Farthing.
Farthing chegou a reclamar do ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace. O ministro afirmou que o ex-soldado e os funcionários estão liberados para entrar no aeroporto e embarcar em um avião da Força Aérea britânica, mas sem os animais. São 68 funcionários.
Na terça-feira, os apoiadores da Nowzad afirmaram que conseguiram dinheiro suficiente para fretar um voo.
O problema, de acordo com Wallace, é levar as pessoas com segurança até o aeroporto, e que há milhares de pessoas em Cabul que são a prioridade para serem levadas pelos aviões.
Farthing havia dito que os animais iriam no compartimento de bagagem, e que os assentos livres poderiam ser preenchidos por outras pessoas que também tivessem autorização para a viagem.
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