Fenômeno conhecido como “maré vermelha”, é resultado da bioluminescência das algas do Pacífico; praias da região estão fechadas para conter o avanço do novo coronavírus. Pessoas observam as ondas azul-brilhantes em praia da Califórnia enquanto tentam manter uma distância segura em praia que está fechada por conta de medidas de contenção da propagação do novo coronavírus a se esforçar para diminuir a propagação do novo coronavírus; as ondas adquirem esta cor por conta da bioluminescência de algas que habitam o Oceano Pacífico
Gregory Bull/AP
Um fenômeno natural, conhecido como “maré vermelha”, iluminou as praias do sul da Califórnia na noite de segunda-feira (27). Apesar do nome, o que se viu na costa oeste dos Estados Unidos foram ondas “tingidas” com uma coloração azul-metalizada.
Isso ocorre quando há uma forte concentração de algas do tipo “dinoflagelados” que irradiam um brilho azulado ao serem agitadas pelo movimento das ondas, é o que é chamado bioluminescência.
Não é a primeira vez que a região recebe a visita destes seres-vivos. Em 2018 os moradores de San Diego conseguiram registrar por noites seguidas a presença destas algas. Mas desta vez não puderam se aproximar, já que as praias do estado estão fechadas pelas medidas de isolamento do coronavírus.
Ondas brilham com bioluminescência azul de algas nas águas do Oceano Pacífico em frente a um píer fechado na cidade de San Diego, na Califórnia, após medidas de isolamento por conta do novo coronavírus
Gregory Bull/AP
Os EUA têm estabelecido diversos bloqueios para tentar conter o avanço da Covid-19 . Nesta terça (28) o país ultrapassou os 1 milhão de casos e já registrou mais de 50 mil mortos por complicações causadas pelo novo coronavírus.
Áreas públicas como parques e praias estão fechados para evitar a aglomeração de pessoas na Califórnia, um dos estados mais populosos do país. Apenas em Los Angeles, uma das maiores cidades do estado, já são mais de 20 mil casos confirmados.
Fenômeno imprevisível
Algas bioluminescentes iluminam a costa da Califórnia. Imagem mostra a cabine de salva-vidas na praia de Dockweiler, Los Angeles. A área está fechada para o público por conta da pandemia de coronavírus
Mark J. Terrill/AP
Em seu site, o Instituto Scripps de Oceanografia da Califórnia afirma que as marés vermelhas são imprevisíveis e que não há como estimar a duração do fenômeno. Episódios anteriores duraram períodos variados, de uma semana a um mês ou mais.
As algas que compõem o fenômeno, não estão na lista de “mais tóxicos”. No entanto, os cientistas alertam que algumas pessoas podem ser sensíveis a eles e sugerem manter distância dos organismos.
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