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O que deve ficar mais barato com o acordo Mercosul-UE?

Após 25 anos de negociações, o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia (UE), assinado nesta sexta-feira (6) durante a cúpula em Montevidéu, promete reduzir o custo de diversos produtos no Brasil. A medida prevê que 91% das importações da UE obtenham isentas de tributação no bloco sul-americano, beneficiando principalmente consumidores de alimentos, bebidas e bens industriais.

Produtos alimentícios e bebidas
Economistas apontam que itens como azeite de oliva, vinhos, queijos e frutas temperadas devem ter quedas significativas de preço. A Europa, principal exportadora desses produtos, se beneficia de uma produção robusta e subsidiada, o que facilita sua competitividade no mercado brasileiro.

Azeite de oliva : Atualmente importado quase exclusivamente da Europa (Portugal, Espanha e Itália), pode ter preços reduzidos pela eliminação de tarifas de importação, especialmente em um momento de alta global devido à seca nos principais países produtores.
Vinhos : A transação europeia e a variedade disponível podem trazer uma concorrência maior ao mercado brasileiro, com preços mais acessíveis.
Queijos e lácteos : A produção subsidiada da Europa deve impactar o mercado brasileiro, tornando esses itens importados mais competitivos em relação aos produtos nacionais.
Carros importados
O setor automotivo, especialmente os modelos de alto padrão, também será beneficiado. Com a eliminação das tarifas industriais em até 15 anos no Mercosul, espera-se uma maior entrada de automóveis importados, como veículos de luxo e esportivos, a preços mais baixos no Brasil.

Serviços especializados
Além dos bens de consumo, o setor de serviços deve registrar avanços importantes, com oportunidades para áreas como:

Consultorias de alto valor agregado;
Computação e softwares;
Serviços especializados de mão de obra, facilitados pelo acesso ao mercado europeu.
Impactos gerais
Com a União Europeia se comprometeu em zerar tarifas sobre 100% dos produtos industriais e o Mercosul reduzir 91% de suas tarifas em até 15 anos, o fluxo comercial entre os blocos deve crescer vantajosamente.

Apesar dos benefícios, a queda nas tarifas pode gerar desafios para os setores industriais e agropecuários locais, que enfrentarão maior concorrência com os produtos europeus. Contudo, a ampliação das relações comerciais é vista como um passo estratégico para diversificar o mercado e reduzir custos para o consumidor final.

Fonte:CNN Brasil
Foto:iG Economia

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