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O namorado está espionando o WhatsApp – o que fazer?

Blog também responde dúvidas sobre veracidade de site com mapa do coronavírus e propagação de informações falsas e golpes. Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados etc.), envie um e-mail para g1seguranca@globomail.com. A coluna responde perguntas deixadas por leitores às quintas-feiras.
Quando pessoas próximas não podem ser confiadas, é arriscado usar a biometria para desbloquear o celular com o reconhecimento de digital ou da face. No entanto, outras medidas de segurança também podem falhar.
Altieres Rohr/G1
WhatsApp espionado pelo namorado
Me ajude a saber como faço para bloquear o acesso do meu namorado ao meu celular. Ele entra no meu WhatsApp pelo celular dele e longe de mim, e não é pelo WhatsApp Web. Como faço pra bloquear? Não aguento mais isso! – (nome omitido pelo blog)
Em primeiro lugar, é importante saber que a invasão de dispositivos de outras pessoas é crime. Logo, espionar o smartphone de um amigo, namorado ou esposa é proibido pela lei.
Se ele estiver mesmo espionando o seu WhatsApp sem usar o WhatsApp Web, é muito provável que haja um programa espião instalado em seu smartphone.
A orientação padrão para qualquer caso com suspeita de espionagem é a restauração do celular à configuração de fábrica. Isso vai remover todos os seus dados do celular e todos os aplicativos instalados – na imensa maioria dos casos, qualquer programa espião também será removido por esse processo.
Caso você tenha um iPhone, veja as instruções para restaurar o smartphone aqui. Se o seu celular utiliza o sistema Android, os passos podem variar de acordo com o modelo, mas algumas instruções estão aqui. Caso você enfrente dificuldades, procure o suporte técnico do fabricante.
Antes de realizar esse procedimento, faça uma cópia das suas fotos e outros arquivos em um local seguro, seja no seu computador ou em um serviço de armazenamento em nuvem de sua preferência. Em alguns casos, é possível que suas fotos e dados de aplicativos já estejam sincronizados, mas é importante conferir que tudo foi sincronizado corretamente. Sem isso, você pode perder esses dados e não será possível recuperá-los.
Após realizar a restauração de fábrica, é importante que você configure o bloqueio de tela no aparelho. O G1 já publicou essas e outras dicas para ajudar a impedir que seu aparelho seja espionado.
O problema é que nada vai conseguir proteger o seu smartphone de uma pessoa próxima que tenha a intenção de espioná-la. Quando o inimigo está tão perto, e faz parte do círculo de pessoas que confiamos, a maioria dos sistemas de segurança não tem condições de funcionar e prevenir a ação do “inimigo”.
Quando um hacker ou inimigo se aproveita de uma oportunidade eventual para atacar um dispositivo, esse invasor tem um curto intervalo de tempo para atuar. É nesse intervalo que tudo precisa dar certo para o invasor: seu celular pode estar desbloqueado, um aplicativo não foi atualizado, e assim por diante.
Mas uma pessoa próxima pode se aproveitar de uma dessas situações a qualquer momento, não havendo espaço para descuidos.
Além disso, uma pessoa próxima tem oportunidades únicas para burlar sistemas de bloqueio de tela, se aproveitando da captura ou abuso da biometria (quando você está dormindo, por exemplo). Uma pessoa muito determinada pode até observar seu uso do telefone para saber a sua senha na tela de bloqueio.
Sendo assim, você seria obrigada a esconder a existência do aparelho por completo e sempre desligar o telefone (ou desativar a biometria) ao dormir. Essa é uma situação estressante e, provavelmente, inviável.
A tecnologia raramente é capaz de resolver problemas entre pessoas. Se não for possível chegar a um acordo de respeito mútuo com diálogo ou terapia, você terá de se questionar se realmente deseja permanecer próximo de uma pessoa com esse comportamento criminoso.
Site ‘Covid Visualizar’ é malicioso?
Recebi esse site — https://www.covidvisualizer.com/ — e gostaria de saber se é vírus. – Maricleide Pinheiro
Este site específico é um projeto acadêmico e não apresenta códigos maliciosos. No entanto, conhecer fontes de informação confiáveis é mais importante do que apenas identificar um ou outro site que não possui códigos maliciosos.
Atualmente, a referência para o coronavírus é o mapa da Universidade Johns Hopkins, que compila informações de vários órgãos de saúde ao redor do mundo. Você pode acessar por meio deste link.
Você também pode consultar o Ministério da Saúde ou sites da imprensa (como o G1) que reproduzem números e orientações de órgãos oficiais.
Facebook recebe denúncias por ‘notícia falsa’.
Reprodução
Propagação de ‘fake news’
Nunca vi tantas fake news como nesta época difícil que nos vivemos. Como quebrar esse mal? – Davi Quadros
As notícias falsas, assim como os golpes de internet, tentam tirar proveito de temas chocantes ou importantes para as pessoas, A pandemia do novo coronavírus, portanto, é um “prato cheio” para a proliferação de boatos e de golpes envolvendo o tema.
De maneira geral, é bastante difícil checar se uma informação inventada é verdadeira. Às vezes, os fatos aparecem tão distorcidos que não é possível pesquisar sobre eles. Em outros casos, há algumas “migalhas” de verdade no meio da mentira – como uma fraude recente no WhatsApp que prometia um link para cadastro do inexistente “auxílio cidadão”, que era baseado na notícia verdadeira de que o governo auxiliaria trabalhadores autônomos com R$ 200 por mês (esse valor foi aumentado para R$ 600).
A seção Fato ou Fake do G1 é uma das melhores maneiras de conhecer algumas das informações falsas que estão sendo disseminadas sobre qualquer tema.
Mas a principal medida para evitar se informar com notícias falsas é procurar meios de informação confiáveis.
Notícias que circulam no WhatsApp, principalmente em vídeos, textos ou gráficos encaminhados diretamente na plataforma (sem link que permite atestar a fonte do material) devem acender o sinal vermelho.
Se não houver link ou qualquer identificação de fonte no material (como uma marca de um site de notícias) não pode ser confiada, a não ser que você consiga encontrar um material idêntico no site original – o que dá trabalho.
Evidentemente, um link não é um sinal absoluto de confiança. Até a fraude do WhatsApp, mencionada acima, era propagada por um link. Mas o link acaba sendo uma condição básica para a veracidade do conteúdo, já que você não terá um meio fácil para checá-la sem a indicação do link.
Uma mensagem que pede para ser encaminhada também normalmente não merece muita confiança. Na maioria dos casos, elas são falsas.
Nos países democráticos, como o Brasil, a internet não é censurada e, por essa razão, não é possível impedir que informações falsas circulem pelas redes.
Cada um deve fazer o seu papel como cidadão, desconfiar de mensagens sem identificação clara de sua origem e até tentar checar sites confiáveis quando isso for possível. Se não for possível encontrar outras fontes confiáveis para a mesma informação, é muito provável que ela seja mentira.
Em algumas redes sociais, você também pode denunciar conteúdo falso usando as ferramentas do próprio serviço. Isso ajuda a diminuir o alcance desse tipo de material, o que pode ser educativo para quem está compartilhando o conteúdo falso e para desencorajar novas publicações.
Dúvidas sobre segurança digital? Envie um e-mail para g1seguranca@globomail.com.

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