Após processos e demissões, a National Rifle Association (NRA) afirmou que tentará se reorganizar no Texas. Movimento foi visto como tentativa de escapar de processos por fraude. Sede da NRA em Fairfax, Virgínia, nos EUA, em foto de 6 de agosto de 2020
Jonathan Ernst/Arquivo/Reuters
A National Rifle Association (NRA), principal lobby favorável à legalização do porte e da posse de armas nos Estados Unidos, declarou nesta sexta-feira (15) que pedirá falência.
Os sinais de má saúde financeira da associação ficaram mais evidentes no ano passado, quando a NRA demitiu dezenas de funcionários e cancelou uma convenção nacional. No entanto, o pedido de falência foi visto pela imprensa americana como uma tentativa de escapar de processos judiciais.
Isso porque o governo de Nova York, onde a empresa tinha foro, processou a associação por fraude fiscal. Agora, a NRA afirma que buscará se reorganizar no Texas — estado governado por republicanos que tende a ter postura mais favorável à flexibilização das normas de armas.
Em comunicado, a NRA disse que entrou com pedido de falência para salvaguardar a própria associação.
“A medida permitirá nosso crescimento de longo prazo e sustentável e assegurará o sucesso contínuo da NRA como a maior defensora da liberdade constitucional — livre do ambiente político tóxico de Nova York”, disse.
O que é a NRA
Encontro anual da NRA em Indianápolis, nos EUA, em abril de 2019
Bryan Woolston/Arquivo/Reuters
Durante décadas, a NRA representou milhões de proprietários e defensores de armas nos Estados Unidos, lutando com sucesso substancial para enfraquecer e eliminar as leis que impunham controles, usando a Segunda Emenda à Constituição como argumento.
Na política, a NRA apoiou os candidatos que se alinharam com seus pontos de vista e criticou aqueles que apoiavam a regulamentação de armas de fogo.
Ele teve um papel importante nas eleições de Donald Trump em 2016. Os filhos do presidente americano, Eric e Donald Jr, são membros e participam regularmente de eventos da NRA.
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