Pesquisadores de São Paulo, Ceará e Hong Kong identificaram sete coronavírus em morcegos coletados em Fortaleza (CE), sendo um deles semelhante ao causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV). O estudo, publicado no Journal of Medical Virology, ressalta a necessidade de monitoramento contínuo desses animais, que são reservatórios naturais de vírus.
Os morcegos analisados pertencem a duas espécies:
Molossus molossus (insetívoro – se alimenta de insetos)
Artibeus lituratus (frugívoro – se alimenta de frutas)
Ainda não há confirmação de que esse novo coronavírus pode infectar humanos. No entanto, foram encontradas partes da proteína spike do vírus que indicam uma possível interação com o receptor utilizado pelo MERS-CoV, o que levanta a necessidade de estudos mais aprofundados.
Próximos passos da pesquisa
Os cientistas planejam realizar novos experimentos em Hong Kong ainda este ano para entender melhor os riscos do vírus.
Importância da vigilância epidemiológica
O professor Ricardo Durães-Carvalho destaca que o monitoramento contínuo dos morcegos é essencial para identificar vírus em circulação, prevenir riscos de transmissão para outros animais e humanos e antecipar possíveis surtos.
A pesquisa faz parte do projeto Morcegos: vigilância epidemiológica e busca de peptídeos de interesse biotecnológico em vírus emergentes, financiado pela Fapesp.
Fonte: Agência Fapesp
Fonte:Correio Braziliense
Foto:foto da web
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